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Oposição venezuelana exige nas ruas referendo contra Maduro

Em Caracas, grupos de opositores esperavam sair do setor de Bello Monte, no leste, em direção à sede principal do órgão eleitoral, no centro

Nicolas Maduro: em Caracas, grupos de opositores esperavam sair do setor de Bello Monte, no leste, em direção à sede principal do órgão eleitoral, no centro (Carlos Garcia Rawlins / Reuters)
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Da Redação

Publicado em 11 de maio de 2016 às 15h01.

A oposição venezuelana se manifestava nesta quarta-feira em todo o país para exigir que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) acelere a ativação do referendo revocatório contra o presidente Nicolás Maduro .

Os manifestantes, alguns com bandeiras e bonés da Venezuela , se concentraram em cidades de todos os estados venezuelanos para iniciar passeatas em direção às sedes regionais do CNE, protegidas pela polícia e pela militarizada Guarda Nacional Bolivariana.

Em Caracas, grupos de opositores esperavam sair do setor de Bello Monte, no leste, em direção à sede principal do órgão eleitoral, no centro.

A coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD), que controla o Parlamento, acusa o CNE de ser um aliado do governo e de usar "táticas dilatórias" para evitar que o referendo seja realizado neste ano.

No dia 3 de maio, a MUD entregou 1,8 milhão de assinaturas ao organismo eleitoral para pedir a ativação do referendo, embora a lei exija pouco menos de 200.000 (1% do eleitorado), e na segunda-feira vencia o prazo para que o CNE informasse se havia este mínimo.

Cercado de simpatizantes, o presidente da Assembleia Nacional, o ferrenho antichavista Henry Ramos Allup, disse que a mobilização pede "que sem mais demora seja cumprida a manifestação da vontade popular".

A oposição exige que o CNE avance com o processo e convoque os signatários a validar suas assinaturas com a impressão digital, o que deve ser feito em um prazo de cinco dias.

A oposição quer que o referendo seja realizado até 10 de janeiro, quando são completados quatro anos do mandato iniciado por Hugo Chávez e que, após sua morte, está sendo finalizado por Maduro.

Se o revocatório ocorrer depois desta data e Maduro perder, a Constituição prevê que seja substituído pelo vice-presidente. Se for realizado antes ocorrem eleições presidenciais.

Tensão nas ruas

A tensão entre opositores e chavistas aumenta porque o CNE não se pronunciou até agora sobre os resultados desta primeira fase de revisão das planilhas, que foi feita com testemunhas da oposição e do governismo em instalações do CNE localizadas no leste de Caracas.

"Esta é uma mobilização pacífica, constitucional, democrática, para solicitar o revocatório. Estamos pedindo uma resposta ao CNE", afirmou o líder opositor e ex-candidato presidencial Henrique Capriles, que perdeu as eleições para Maduro por uma pequena margem em 2013.

Jorge Rodríguez, titular de uma comissão designada por Maduro para verificar as assinaturas, afirmou que a oposição não tem permissão para protestar e advertiu que pedirá ao CNE que detenha o processo se for apresentada alguma desordem ou ato de violência.

"Temos que estar preparados para que os grupos violentos do governo que estão nas portas do CNE nos reprimam", disse Ramos Allup, ao advertir para a possibilidade de existirem pessoas infiltradas em sua manifestação para provocar violência.

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A oposição venezuelana se manifestava nesta quarta-feira em todo o país para exigir que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) acelere a ativação do referendo revocatório contra o presidente Nicolás Maduro .

Os manifestantes, alguns com bandeiras e bonés da Venezuela , se concentraram em cidades de todos os estados venezuelanos para iniciar passeatas em direção às sedes regionais do CNE, protegidas pela polícia e pela militarizada Guarda Nacional Bolivariana.

Em Caracas, grupos de opositores esperavam sair do setor de Bello Monte, no leste, em direção à sede principal do órgão eleitoral, no centro.

A coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD), que controla o Parlamento, acusa o CNE de ser um aliado do governo e de usar "táticas dilatórias" para evitar que o referendo seja realizado neste ano.

No dia 3 de maio, a MUD entregou 1,8 milhão de assinaturas ao organismo eleitoral para pedir a ativação do referendo, embora a lei exija pouco menos de 200.000 (1% do eleitorado), e na segunda-feira vencia o prazo para que o CNE informasse se havia este mínimo.

Cercado de simpatizantes, o presidente da Assembleia Nacional, o ferrenho antichavista Henry Ramos Allup, disse que a mobilização pede "que sem mais demora seja cumprida a manifestação da vontade popular".

A oposição exige que o CNE avance com o processo e convoque os signatários a validar suas assinaturas com a impressão digital, o que deve ser feito em um prazo de cinco dias.

A oposição quer que o referendo seja realizado até 10 de janeiro, quando são completados quatro anos do mandato iniciado por Hugo Chávez e que, após sua morte, está sendo finalizado por Maduro.

Se o revocatório ocorrer depois desta data e Maduro perder, a Constituição prevê que seja substituído pelo vice-presidente. Se for realizado antes ocorrem eleições presidenciais.

Tensão nas ruas

A tensão entre opositores e chavistas aumenta porque o CNE não se pronunciou até agora sobre os resultados desta primeira fase de revisão das planilhas, que foi feita com testemunhas da oposição e do governismo em instalações do CNE localizadas no leste de Caracas.

"Esta é uma mobilização pacífica, constitucional, democrática, para solicitar o revocatório. Estamos pedindo uma resposta ao CNE", afirmou o líder opositor e ex-candidato presidencial Henrique Capriles, que perdeu as eleições para Maduro por uma pequena margem em 2013.

Jorge Rodríguez, titular de uma comissão designada por Maduro para verificar as assinaturas, afirmou que a oposição não tem permissão para protestar e advertiu que pedirá ao CNE que detenha o processo se for apresentada alguma desordem ou ato de violência.

"Temos que estar preparados para que os grupos violentos do governo que estão nas portas do CNE nos reprimam", disse Ramos Allup, ao advertir para a possibilidade de existirem pessoas infiltradas em sua manifestação para provocar violência.

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