Antonio Ledezma: político assegurou que continua sendo "o legítimo prefeito metropolitano de Caracas" (Roberto Jayme/Reuters)
EFE
Publicado em 24 de novembro de 2017 às 07h58.
Caracas - O político exilado venezuelano Antonio Ledezma deixou de ser na quinta-feira prefeito metropolitano de Caracas, após declaração da maioria opositora da capital sua "falta absoluta" depois que fugiu na semana passada do país, após ficar mais de 1 mil dias preso.
"Depois de enviar nossos argumentos legais ao prefeito responsável, aprovamos a ausência absoluta do prefeito Antonio Ledezma", confirmou na sua conta do Twitter, o vereador Edinson Ferrer, da formação opositora Primeiro Justiça (PJ), que tem maioria na câmara metropolitana.
A decisão não foi reconhecida pelo também opositor Ledezma, que numa mensagem no Twitter assegurou que continua sendo "o legítimo prefeito metropolitano de Caracas".
Numa corrente de mensagens na rede social, o vereador Ferrer explica que os opositores do seu partido tomaram a decisão após receber numerosas recomendações legais e fazer consultas sobre o caso.
O substituto temporário de Ledezma será o vereador do PJ, Ali Mansour Landaeta, que ocupará o cargo até que seja realizada nova sessão que nomeará quem vai completar o mandato.
Pelo Twitter, Ferrer lembra que todos os problemas começaram com a prisão de Ledezma - que foi escolhido prefeito como candidato único da oposição - em 2015.
Até agora, a prefeita encarregada, Helen Fernández, qualificou de "traição a Ledezma" uma decisão que considera "mais política que jurídica" e para que, a seu julgamento, "não há razão lógica".
Antonio Ledezma estava em prisão domiciliar desde fevereiro de 2015, quando foi detido acusado de crimes de conspiração, mas ainda não foi julgado.