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Oposição pede a Macri que explique sobre firma offshore

A oposição da Argentina pediu ao presidente que esclareça ligação com empresa offshore nas Bahamas, conforme apontam documentos da Mossack Fonseca

O presidente da Argentina, Mauricio Macri: pedido ocorre em um momento delicado para Macri (Elza Fiuza/ Agência Brasil/Fotos Públicas)

O presidente da Argentina, Mauricio Macri: pedido ocorre em um momento delicado para Macri (Elza Fiuza/ Agência Brasil/Fotos Públicas)

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Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2016 às 16h33.

Buenos Aires - A oposição da Argentina pediu nesta segunda-feira ao presidente Mauricio Macri que esclareça sua ligação com uma empresa offshore nas Bahamas, conforme apontam documentos vazados de um escritório de advocacia do Panamá, que mostrou possíveis irregularidades de líderes e milionários de todo o mundo.

O pedido ocorre em um momento delicado para Macri, que deve enfrentar grandes manifestações populares e uma queda de popularidade devido ao ajuste econômico que iniciou depois de assumir a presidência, há menos de quatro meses.

O governo Macri emitiu no domingo um comunicado esclarecendo que não houve nada de ilícito no fato de o atual mandatário ter sido diretor da sociedade Fleg Trading Ltd., já que nunca teve participação acionária na mesma.

De acordo com o comunicado, a sociedade constou da declaração de patrimônio e renda do pai do presidente argentino, Franco Macri, um empresário poderoso que criou a offshore para realizar investimentos internacionais.

"O fato se reveste de gravidade porque jamais se monta uma empresa offshore com fins lícitos (...) Não importa que não tenha sido acionista", afirmou o deputado oposicionista Héctor Recalde, do partido Frente para a Vitória, também em um comunicado.

Parlamentares de um outro importante partido de oposição também pediram explicações ao presidente.

Macri baseou sua campanha presidencial na transparência e na luta contra a corrupção, e por isso o escândalo internacional desencadeado no domingo pelos "Papéis do Panamá" poderia significar um constrangimento político, embora não tenha consequências legais.

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