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Oposição denunciará Maduro por fechar fronteira com Colômbia

Maduro ordenou o fechamento da principal passagem para a Colômbia para combater o contrabando e a violência paramilitar na fronteira


	Nicolás Maduro: o presidente ordenou o fechamento da principal passagem para a Colômbia para combater o contrabando e a violência paramilitar na fronteira
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Nicolás Maduro: o presidente ordenou o fechamento da principal passagem para a Colômbia para combater o contrabando e a violência paramilitar na fronteira (AFP)

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Da Redação

Publicado em 29 de dezembro de 2015 às 06h23.

Caracas - Um grupo de deputados da oposição irá denunciar o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, por "abuso de poder" ao manter a fronteira com a Colômbia fechada apesar de o decreto de exceção nessa região ter expirado na meia-noite de 18 de dezembro, conforme asseguram os legisladores, informou nesta segunda-feira o deputado Walter Márquez.

Márquez denunciará Nicolás Maduro "pois o decreto que prorrogava por 60 dias o estado de exceção nos municípios fronteiriços expirou em 18 de dezembro e, por ter expirado, não há faculdades legais e constitucionais para manter a fronteira fechada", explicou o legislador em comunicado.

A denúncia, que estava inicialmente prevista para esta segunda-feira, foi adiada para a terça-feira na sede da Procuradoria do estado de Táchira, no oeste do país e fronteiriço com a Colômbia, confirmou à Agência Efe o deputado opositor.

Maduro ordenou o fechamento da principal passagem para a Colômbia, em Táchira, com o argumento de que a medida serviria para combater o contrabando e a violência paramilitar na fronteira.

Posteriormente, o presidente venezuelano estendeu o fechamento das passagens fronteiriças nos estados de Zulia, Apure e Amazonas e afirmou que as mesmas permaneceriam assim até que os dois países acordassem uma nova política fronteiriça que acabe com os crimes nos 2.219 quilômetros da divisa entre as duas nações.

Desde então, as autoridades venezuelanas detiveram pelo menos 36 supostos paramilitares colombianos. Apenas em Táchira, foi informado que 250 pessoas foram aprisionadas, entre elas 66 militares e 28 policiais.

O primeiro dos decretos venceu em 19 de outubro, mas as autoridades o estenderam com uma prorrogação de mais 60 dias que deveria ter sido concluída na meia-noite de 18 de dezembro, segundo os cálculos da oposição. 

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