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Operação "antidrogas" nas Filipinas deixa 32 mortos em 24 horas

Data foi uma das mais sangrentas da guerra "antidrogas" iniciada há um ano pelo presidente, Rodrigo Duterte

Rodrigo Duterte: agentes filipinos tiraram a vida de 32 suspeitos e detiveram outros 107 em uma operação antidrogas (Romeo Ranoco/Reuters)
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EFE

Publicado em 16 de agosto de 2017 às 08h55.

Manila - A polícia da província filipina de Bulacão anunciou nesta quarta-feira que matou 32 supostos narcotraficantes em um intervalo de 24 horas, em um dos dias mais sangrentos da guerra "antidrogas" iniciada há um ano pelo presidente, Rodrigo Duterte.

Os agentes tiraram a vida de 32 suspeitos e detiveram outros 107 em uma operação antidrogas a grande escala feita entre segunda e terça-feira nesta província de 3,3 milhões de pessoas ao norte de Manila, informou a polícia regional de Bulacão em comunicado.

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Na operação, as autoridades expropriaram 367 sacos com cloridrato de metanfetamina, 765 gramas de maconha, 2 granadas, 34 armas de fogo de diversos calibres e 114 balas em um total de 49 operações policiais, segundo o comunicado.

O elevado número de mortos em tão curto intervalo de tempo é inusual, até levando em conta que a "guerra contra as drogas" de Duterte já deixou 3.451 mortos pelas mãos da Polícia neste tipo de operações em todo o país, segundo os últimos dados oficiais.

A Polícia de Bulacão justificou sua atuação com o argumento de que os suspeitos assassinados eram "notórios delinquentes que preferem lutar até a morte antes de ser preso", e sendo assim os agentes "não tiveram outra maneira de pará-los".

Além disso, destacou que a operação foi um sucesso para as autoridades na "luta implacável contra as drogas e armas ilegais e na hora de aplicar ordens de detenção" na província.

Calcula-se que mais de 7 mil pessoas morreram desde que começou esta controversa campanha de Duterte, já que aos mortos pela Polícia se somam às vítimas de patrulhas vizinhas e outros assassinatos favorecidos pelo clima de impunidade.

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