Opaq investiga suposto ataque químico na Síria
A Organização para a Proibição das Armas Químicas investiga o suposto ataque químico sírio em Ghouta Ocidental que deixou 48 mortos
AFP
Publicado em 9 de abril de 2018 às 10h22.
Última atualização em 25 de abril de 2018 às 12h38.
A Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ) anunciou nesta segunda-feira que investiga as informações sobre um suposto ataque químico na cidade de Duma, o último reduto rebelde na província síria de Ghouta Oriental .
"A OPAQ fez uma análise preliminar das informações sobre a suposta utilização de armas químicas desde sua publicação", afirmou o diretor geral da organização, Ahmet Uzumcu.
"Mais elementos serão reunidos para estabelecer se foram utilizadas armas químicas", completou.
Os especialistas examinam os elementos provenientes de todas as fontes disponíveis e apresentarão suas conclusões aos 192 países que assinaram a Convenção sobre Armas Químicas de 1993, disse ainda.
A Síria se uniu a este tratado em 2013, depois de admitir, sob uma forte pressão americana e russa, e sob ameaça de ataques militares ocidentais, manter reservas de armas químicas.
A OPAQ assegura ter destruído a totalidade das reservas sírias declaradas, mas Uzumcu declarou em repetidas ocasiõs e que houve falhas nas declarações do regime de Damasco.
As contínuas acusações de uso de armas químicas na Síria levou a OPAQ em 2014 a estabelecer sua própria missão de investigação, que estudou mais de 70 supostos casos de uso de gases tóxicos neste país desde esta data.
Segundo os Capacetes Brancos, um grupo de socorro na zona rebelde, e a ONG médica Syrian American Medical Society (SAMS), o ataque de sábado teria deixado 48 mortos, uma informação que ainda não pode ser verificada por fontes independentes.