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ONU reúne assinaturas em apoio à menina atacada por talibãs

A petição assinada por "mais de um milhão de pessoas" apoia Malala e as 32 milhões de meninas em todo o mundo que não têm acesso a educação

Malala lê durante recuperação em hospital britânico: ela é a mais jovem defensora dos direitos das mulheres à educação (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de novembro de 2012 às 12h56.

Islamabad - O enviado das Nações Unidas para a Educação, Gordon Brown, apresentou nesta sexta-feira às autoridades paquistanesas uma petição assinada por mais de um milhão de pessoas em apoio à jovem ativista pelo direito das mulheres à educação, Malala Yousafzai, que sobreviveu a um ataque dos talibãs.

A menina de 15 anos foi baleada há um mês em Mingora, a principal cidade do Vale de Swat (noroeste), por membros do Movimento Talibã do Paquistão (TTP), que invadiram o ônibus escolar em que ela estava viajando.

A jovem Malala, atingida com um tiro na cabeça, sobreviveu quase milagrosamente ao ataque e depois foi transferida para o hospital Queen Elizabeth, em Birmingham, na Inglaterra, para cuidados de longa duração.

A história da Malala emocionou milhões de pessoas no exterior e revelou os problemas do sistema público de educação no Paquistão , um país de 180 milhões de pessoas.

Brown apresentou às autoridades paquistanesas uma petição assinada por "mais de um milhão de pessoas" em apoio a sua "corajosa menina Malala Yousafzai" e as 32 milhões de meninas em todo o mundo que não têm acesso a educação.

"Malala e sua família acreditam que há muitas outras meninas e famílias mais corajosas em seu país que querem defender o direito de todas as crianças, especialmente as meninas, ao acesso à educação", disse Brown, ex-primeiro-ministro britânico.

De acordo com um relatório da ONU, 5,1 milhões de crianças paquistanesas não frequentam a escola, deste número 63% são meninas. E o Paquistão investe menos de 2,5% de seu Produto Interno Bruto (PIB) na educação, segundo dados do Unicef, o que o classifica entre os dez piores países do mundo nesse sentido.


"Nós da comunidade internacional vamos apoiar sua determinação para garantir que todas as meninas possam frequentar a escola sem medo", acrescentou Brown.

Malala Yousufzai é a mais jovem defensora dos direitos das mulheres à educação.

Ela é conhecida no exterior por seu blog, hospedado no site da BBC, no qual denuncia os atos de violência cometidos pelos talibãs no Vale de Swat, onde chegaram a tomar o poder entre 2007 a 2009.

No ano passado, a adolescente recebeu o primeiro Prêmio Nacional da Paz criado pelo governo paquistanês e foi indicada ao prêmio internacional de Crianças para a Paz da fundação Kids Rights.

O Talibã reivindicou a autoria do atentado contra Malala, mas tentou se justificar pelo ato condenado de forma unânime por Estados Unidos, França, organizações dos direitos Humanos, governo e imprensa paquistaneses.

"Malala foi tomada como alvo por seu papel pioneiro na defesa do laicismo e da chamada moderação", escreveu um porta-voz talibã em um e-mail enviado à AFP.

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Islamabad - O enviado das Nações Unidas para a Educação, Gordon Brown, apresentou nesta sexta-feira às autoridades paquistanesas uma petição assinada por mais de um milhão de pessoas em apoio à jovem ativista pelo direito das mulheres à educação, Malala Yousafzai, que sobreviveu a um ataque dos talibãs.

A menina de 15 anos foi baleada há um mês em Mingora, a principal cidade do Vale de Swat (noroeste), por membros do Movimento Talibã do Paquistão (TTP), que invadiram o ônibus escolar em que ela estava viajando.

A jovem Malala, atingida com um tiro na cabeça, sobreviveu quase milagrosamente ao ataque e depois foi transferida para o hospital Queen Elizabeth, em Birmingham, na Inglaterra, para cuidados de longa duração.

A história da Malala emocionou milhões de pessoas no exterior e revelou os problemas do sistema público de educação no Paquistão , um país de 180 milhões de pessoas.

Brown apresentou às autoridades paquistanesas uma petição assinada por "mais de um milhão de pessoas" em apoio a sua "corajosa menina Malala Yousafzai" e as 32 milhões de meninas em todo o mundo que não têm acesso a educação.

"Malala e sua família acreditam que há muitas outras meninas e famílias mais corajosas em seu país que querem defender o direito de todas as crianças, especialmente as meninas, ao acesso à educação", disse Brown, ex-primeiro-ministro britânico.

De acordo com um relatório da ONU, 5,1 milhões de crianças paquistanesas não frequentam a escola, deste número 63% são meninas. E o Paquistão investe menos de 2,5% de seu Produto Interno Bruto (PIB) na educação, segundo dados do Unicef, o que o classifica entre os dez piores países do mundo nesse sentido.


"Nós da comunidade internacional vamos apoiar sua determinação para garantir que todas as meninas possam frequentar a escola sem medo", acrescentou Brown.

Malala Yousufzai é a mais jovem defensora dos direitos das mulheres à educação.

Ela é conhecida no exterior por seu blog, hospedado no site da BBC, no qual denuncia os atos de violência cometidos pelos talibãs no Vale de Swat, onde chegaram a tomar o poder entre 2007 a 2009.

No ano passado, a adolescente recebeu o primeiro Prêmio Nacional da Paz criado pelo governo paquistanês e foi indicada ao prêmio internacional de Crianças para a Paz da fundação Kids Rights.

O Talibã reivindicou a autoria do atentado contra Malala, mas tentou se justificar pelo ato condenado de forma unânime por Estados Unidos, França, organizações dos direitos Humanos, governo e imprensa paquistaneses.

"Malala foi tomada como alvo por seu papel pioneiro na defesa do laicismo e da chamada moderação", escreveu um porta-voz talibã em um e-mail enviado à AFP.

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