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ONU retira capacetes azuis das Colinas de Golã

Grupos armados sírios representam "uma ameaça direta para a segurança" das tropas de paz da ONU nas Colinas de Golã

Um comboio com capacetes azuis se desloca da parte síria das Colinas de Golã para o lado israelense em 15 de setembro de 2014 (Jalaa Marey/AFP)

Um comboio com capacetes azuis se desloca da parte síria das Colinas de Golã para o lado israelense em 15 de setembro de 2014 (Jalaa Marey/AFP)

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Da Redação

Publicado em 15 de setembro de 2014 às 17h40.

Nova York - A Organização das Nações Unidas (ONU) deslocou suas forças de paz das Colinas de Golã para o lado israelense desse território após o avanço dos rebeldes sírios, informou o porta-voz da agência nesta segunda-feira.

Os grupos armados sírios representam "uma ameaça direta para a segurança" das tropas de paz da ONU nas Colinas de Golã (Undof, por sua sigla em inglês), declarou o porta-voz da agência, Stephane Dujarric.

"Todo o pessoal da ONU nessa região foi transferido para o lado Alpha", indicou Dujarric, referindo-se a área ocupada por Israel nas Colinas de Golã.

A ordem foi emitida depois que os rebeldes sírios, incluindo combatentes da Frente Al-Nosra, ligada à Al-Qaeda, sequestraram 45 capacetes azuis das Ilhas Fiji em 28 de agosto. Todos foram libertados duas semanas depois.

Os rebeldes também entraram em confronto com 75 integrantes filipinos das forças da ONU, que fugiram para um outro posto nas proximidades.

O porta-voz da ONU afirmou que a situação no lado sírio das Colinas de Golã "piorou consideravelmente nos últimos dias" e que "os grupos armados fizeram progressos em áreas onde há postos da Undof".

Pouco antes, um correspondente da AFP havia relatado que centenas de tropas da ONU estavam se retirando da parte síria das Colinas de Golã para a área ocupada por Israel.

Seis países contribuem com tropas para formar uma força de 1.200 capacetes azuis nas Colinas de Golã: Fiji, Índia, Irlanda, Nepal, Holanda e Filipinas.

"A Undof continuará a usar todos os seus recursos disponíveis para cumprir a sua missão neste ambiente excepcionalmente difícil", concluiu o porta-voz.

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