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ONU questiona validade das eleições na Síria

''Só um diálogo político completo pode levar a um futuro autenticamente democrático na Síria'', disse o porta-voz de Ban

Ban Ki-moon destacou que um processo democrático não pode ter êxito com surtos de violência (Spencer Platt/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 7 de maio de 2012 às 21h30.

Nações Unidas - O secretário-geral da ONU , Ban Ki-moon, questionou nesta segunda-feira a validade das eleições realizadas na Síria para a escolha de um novo Parlamento, que contaram com o boicote da oposição, e reiterou o pedido de cessação da violência no país a partir do plano de paz proposto por Kofi Annan.

''Só um diálogo político completo e sem exclusões pode levar a um futuro autenticamente democrático na Síria. Estas eleições não se realizaram dentro desse marco'', disse o porta-voz de Ban, Martin Nesirky, em comunicado distribuído na sede central da ONU em Nova York.

Enquanto isso, o secretário-geral destacou que um processo democrático não pode ter êxito com surtos de violência e destacou a necessidade do cumprimento do plano de paz proposto por Annan, enviado especial da ONU e da Liga Árabe.

A Síria celebrou nesta segunda-feira o primeiro pleito pluripartidário desde 1963, quando o partido Baath, do presidente Bashar al Assad, chegou ao poder. No entanto, as eleições sofreram boicote da oposição e ocorreram em meio a ondas de violência no país, apesar da presença de observadores da ONU. Diante disso, o pleito foi qualificado de ''farsa'' também pela oposição síria no exílio e de ''ridículos'' pelos Estados Unidos.

As eleições ocorreram de acordo com as reformas anunciadas pelo regime de Assad para apaziguar a revolta que iniciou em março de 2011. O pleito segue as normas estabelecidas pela nova Constituição do país, aprovada em plebiscito em fevereiro e que pôs fim, em teoria, ao monopólio do partido Baath.


As autoridades autorizaram a participação de uma dezena de forças políticas nas eleições, contudo a Irmandade Muçulmana e grupos curdos ficaram excluídos do processo.

A comunidade internacional segue solicitando o cumprimento do plano de Annan na Síria e do progressivo desdobramento de observadores das Nações Unidas no local para o início de um diálogo político no país que permita fechar a crise e a violência atual.

O ex-secretário-geral da ONU informará o Conselho de Segurança nesta terça sobre os avanços no país. ''Houve melhorias, mas claramente não os suficientes. Em alguns lugares a violência foi reduzida, mas seguem morrendo pessoas'', o porta-voz de Ban.

O plano de paz proposto por Annan contempla o fim da violência, a retirada dos tanques das cidades, a libertação dos detidos de forma arbitrária e o início de um diálogo entre o governo e os opositores, entre outros pontos.

Na reunião do Conselho de Segurança, também participará o subsecretário-geral da ONU para Operações de Paz, Hervé Ladsous, que deve informar sobre o andamento da missão dos observadores na Síria. A organização pretende contar com 300 agentes antes do fim de maio.

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Nações Unidas - O secretário-geral da ONU , Ban Ki-moon, questionou nesta segunda-feira a validade das eleições realizadas na Síria para a escolha de um novo Parlamento, que contaram com o boicote da oposição, e reiterou o pedido de cessação da violência no país a partir do plano de paz proposto por Kofi Annan.

''Só um diálogo político completo e sem exclusões pode levar a um futuro autenticamente democrático na Síria. Estas eleições não se realizaram dentro desse marco'', disse o porta-voz de Ban, Martin Nesirky, em comunicado distribuído na sede central da ONU em Nova York.

Enquanto isso, o secretário-geral destacou que um processo democrático não pode ter êxito com surtos de violência e destacou a necessidade do cumprimento do plano de paz proposto por Annan, enviado especial da ONU e da Liga Árabe.

A Síria celebrou nesta segunda-feira o primeiro pleito pluripartidário desde 1963, quando o partido Baath, do presidente Bashar al Assad, chegou ao poder. No entanto, as eleições sofreram boicote da oposição e ocorreram em meio a ondas de violência no país, apesar da presença de observadores da ONU. Diante disso, o pleito foi qualificado de ''farsa'' também pela oposição síria no exílio e de ''ridículos'' pelos Estados Unidos.

As eleições ocorreram de acordo com as reformas anunciadas pelo regime de Assad para apaziguar a revolta que iniciou em março de 2011. O pleito segue as normas estabelecidas pela nova Constituição do país, aprovada em plebiscito em fevereiro e que pôs fim, em teoria, ao monopólio do partido Baath.


As autoridades autorizaram a participação de uma dezena de forças políticas nas eleições, contudo a Irmandade Muçulmana e grupos curdos ficaram excluídos do processo.

A comunidade internacional segue solicitando o cumprimento do plano de Annan na Síria e do progressivo desdobramento de observadores das Nações Unidas no local para o início de um diálogo político no país que permita fechar a crise e a violência atual.

O ex-secretário-geral da ONU informará o Conselho de Segurança nesta terça sobre os avanços no país. ''Houve melhorias, mas claramente não os suficientes. Em alguns lugares a violência foi reduzida, mas seguem morrendo pessoas'', o porta-voz de Ban.

O plano de paz proposto por Annan contempla o fim da violência, a retirada dos tanques das cidades, a libertação dos detidos de forma arbitrária e o início de um diálogo entre o governo e os opositores, entre outros pontos.

Na reunião do Conselho de Segurança, também participará o subsecretário-geral da ONU para Operações de Paz, Hervé Ladsous, que deve informar sobre o andamento da missão dos observadores na Síria. A organização pretende contar com 300 agentes antes do fim de maio.

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