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ONU condena generalização da tortura nas prisões sírias

Relatório do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos diz que grupos armados possuem centros de deteção onde homens, mulheres e crianças são torturados

Refugiados sírios: "Nossos resultados confirmam que a tortura é frequente nos centros de detenção governamentais na Síria e alguns grupos armados também recorrem a ela", afirma Navi Pillay (Hassan Abdallah/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 14 de abril de 2014 às 15h23.

A alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, condenou nesta segunda-feira a generalização da tortura nas prisões sírias, e lamentou sua aplicação também por grupos armados.

Em um documento de 8 páginas, o Alto Comissariado, que entrevistou 38 pessoas que sofreram torturas, informa sobre terríveis testemunhos anônimos.

O relatório da ONU descreve uma "generalização da tortura e dos maus tratos nos centros do governo".

Acrescenta que vários grupos armados, "em particular o Estado Islâmico do Iraque e Levante (EIIL), a Frente al-Nusra, Ahrar al-Sham, Asifat al-Shamal e Liwa al-Tawhid, dispõem de centros de detenção" nos quais homens, mulheres e crianças são torturados, principalmente desde 2013.

"Nossos resultados confirmam que a tortura é frequente nos centros de detenção governamentais na Síria e alguns grupos armados também recorrem a ela", afirma Pillay.

Segundo o relatório, "homens, mulheres e crianças são frequentemente sequestrados nas ruas, em suas casas ou no local onde trabalham, ou são detidos em postos de controles do governo e levados a dezenas de centros de detenção oficiais ou secretos do governo".

Estas pessoas são frequentemente detidas em segredo, de forma indefinida e às vezes levadas de um centro a outro, condena a ONU, que detalha que entre estes centros de detenção encontram-se casernas do exército e aeroportos.

Vários dos casos descritos no documento informam sobre prisioneiros imobilizados ou presos à parede, com os olhos vendados, espancados, queimados, eletrocutados e torturados com diferentes objetos.


O Alto Comissariado também documenta sobre casos de violência sexual contra homens e mulheres.

Na maioria dos casos, os guardas recorrem à tortura "imediatamente após a detenção e durante os primeiros dias ou semanas de detenção e de interrogatórios".

"Quando chegam ao centro de detenção, os detidos normalmente são espancados e humilhados durante várias horas pelos guardas, o que já é conhecido como 'recepção de acolhida'", denuncia o organismo.

As pessoas torturadas são de todas as origens religiosas e étnicas, de acordo com a ONU, para quem a tortura constitui um crime contra a humanidade quando é utilizada de forma generalizada.

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A alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, condenou nesta segunda-feira a generalização da tortura nas prisões sírias, e lamentou sua aplicação também por grupos armados.

Em um documento de 8 páginas, o Alto Comissariado, que entrevistou 38 pessoas que sofreram torturas, informa sobre terríveis testemunhos anônimos.

O relatório da ONU descreve uma "generalização da tortura e dos maus tratos nos centros do governo".

Acrescenta que vários grupos armados, "em particular o Estado Islâmico do Iraque e Levante (EIIL), a Frente al-Nusra, Ahrar al-Sham, Asifat al-Shamal e Liwa al-Tawhid, dispõem de centros de detenção" nos quais homens, mulheres e crianças são torturados, principalmente desde 2013.

"Nossos resultados confirmam que a tortura é frequente nos centros de detenção governamentais na Síria e alguns grupos armados também recorrem a ela", afirma Pillay.

Segundo o relatório, "homens, mulheres e crianças são frequentemente sequestrados nas ruas, em suas casas ou no local onde trabalham, ou são detidos em postos de controles do governo e levados a dezenas de centros de detenção oficiais ou secretos do governo".

Estas pessoas são frequentemente detidas em segredo, de forma indefinida e às vezes levadas de um centro a outro, condena a ONU, que detalha que entre estes centros de detenção encontram-se casernas do exército e aeroportos.

Vários dos casos descritos no documento informam sobre prisioneiros imobilizados ou presos à parede, com os olhos vendados, espancados, queimados, eletrocutados e torturados com diferentes objetos.


O Alto Comissariado também documenta sobre casos de violência sexual contra homens e mulheres.

Na maioria dos casos, os guardas recorrem à tortura "imediatamente após a detenção e durante os primeiros dias ou semanas de detenção e de interrogatórios".

"Quando chegam ao centro de detenção, os detidos normalmente são espancados e humilhados durante várias horas pelos guardas, o que já é conhecido como 'recepção de acolhida'", denuncia o organismo.

As pessoas torturadas são de todas as origens religiosas e étnicas, de acordo com a ONU, para quem a tortura constitui um crime contra a humanidade quando é utilizada de forma generalizada.

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