Mundo

ONU: 270 mil rohingyas entraram em Bangladesh em 15 dias

O novo balanço é fruto de um "cálculo mais exaustivo em zonas que não haviam sido incluídas na contagem anterior", de 164 mil refugiados

Refugiados: os rohingyas estão há décadas instalados em Mianmar, um país de maioria budista que lhes nega cidadania (Mohammad Ponir Hossain/Reuters)

Refugiados: os rohingyas estão há décadas instalados em Mianmar, um país de maioria budista que lhes nega cidadania (Mohammad Ponir Hossain/Reuters)

A

AFP

Publicado em 8 de setembro de 2017 às 09h44.

O número de muçulmanos rohingyas que fugiram da violência em Mianmar nas últimas semanas chega a 270 mil - anunciou o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).

"Quase 270.000 refugiados chegaram a Bangladesh nas últimas duas semanas", afirma um comunicado divulgado pelo Acnur, acrescentando que "estão instalando abrigos nas estradas, ou em qualquer espaço vazio que encontram".

Esse novo balanço divulgado pela ONU é fruto de um "cálculo mais exaustivo em zonas que não haviam sido incluídas na contagem anterior", de 164.000 refugiados.

Os rohingyas estão há décadas instalados em Mianmar, um país de maioria budista que lhes nega cidadania e onde o governo os considera como imigrantes ilegais de Bangladesh.

O êxodo atual dessa minoria é resultado da violência deflagrada no estado de Rakain. Nessa região, o Exército birmanês lançou uma operação, após vários ataques dos rebeldes do Exército de Salvação Rohingya de Arakan (ESRA) contra delegacias de polícia.

Esse grupo rebelde diz querer defender os direitos negados aos rohingyas.

Antes desse novo fluxo migratório, Bangladesh já acolhia cerca de 300.000 rohingyas em campos de refugiados instalados perto da fronteira com Mianmar.

Acompanhe tudo sobre:BangladeshMianmarMuçulmanosRefugiados

Mais de Mundo

Israel reconhece que matou líder do Hamas em julho, no Irã

ONU denuncia roubo de 23 caminhões com ajuda humanitária em Gaza após bombardeio de Israel

Governo de Biden abre investigação sobre estratégia da China para dominar indústria de chips

Biden muda sentenças de 37 condenados à morte para penas de prisão perpétua