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ONGs reivindicam taxa sobre transações financeiras ao G20

Foram 189 organizações, de 41 países, que pediram avanços aos líderes do G20, que vão se reunir em Seul

Manifestantes protestam contra a reunião G20 no centro de Seul (Victor Fraile/Getty Images)

Manifestantes protestam contra a reunião G20 no centro de Seul (Victor Fraile/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 10 de novembro de 2010 às 09h48.

Seul - Um total de 189 ONGs de 41 países fizeram um apelo aos países do G20 nesta quarta-feira em Seul para que realizem avanços concretos na criação de uma taxa sobre transações financeiras.

As organizações emitiram um documento no qual defendem a implantação de uma taxa sobre as transações financeiras internacionais para gerar fundos que permitam reduzir o déficit dos países e evitar a especulação.

Para apresentar esta iniciativa, ativistas da Oxfam e da ONG One Body One Spirit (OBOS) se vestiram de lutadores de taekwondo, a arte marcial coreana, e usaram máscaras de alguns dos líderes do G20 dispostos a "atacar a pobreza".

Os signatários da proposta argumentam que o Fundo Monetário Internacional (FMI) e outros analistas consideram viável administrativamente um novo tributo às transações financeiras de grande volume, enquanto a Comissão Europeia (órgão executivo da União Europeia) considera a possibilidade de aplicá-lo em todo o bloco europeu.

Segundo a Oxfam, a taxa é uma das únicas opções disponíveis para gerar recursos que cubram os custos da crise financeira, assim como para contribuir para reduzir o desemprego e financiar políticas de desenvolvimento, saúde, educação e combate às mudanças climáticas.

Os líderes do G20 começarão nesta quinta-feira uma cúpula de dois dias na qual tentarão coordenar medidas destinadas a consolidar um crescimento estável e equilibrado.

Além disso, o comunicado assinala que a "Taxa Tobin", como o tributo é conhecido, é um instrumento que permitiria apresentar um financiamento adicional para alcançar os Objetivos do Milênio, metas listadas pela ONU para reduzir a pobreza no mundo pela metade antes de 2015.

As ONGs pedem que a França se comprometa a conseguir um acordo sobre a taxa quando assumir a Presidência do G20 em substituição à Coreia do Sul.

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