OMS: nível 7 do acidente de Fukushima não influencia na saúde
Segundo a organização, não há necessidade de se adotar novas medidas de segurança para a saúde pública
Da Redação
Publicado em 4 de maio de 2011 às 08h49.
Genebra - A elevação do nível de gravidade do acidente nuclear de Fukushima, no Japão, com grau máximo de 7 não tem incidência na saúde pública que exija novas medidas de prevenção, declarou nesta quarta-feira a Organização Mundial da Saúde (OMS).
"Do ponto de vista da saúde pública, não existe necessidade de adotarmos novas medidas" além das adotadas, como retirar as famílias das áreas próximas à usina nuclear, assinalou em entrevista coletiva Maria Neira, diretora de Saúde Pública e Meio Ambiente do organismo.
"Outro tema são as consequências ambientais, mas a OMS não é quem deve avaliar essa questão", acrescentou Neira sobre o anúncio na terça-feira do Governo japonês de equiparar no nível 7 de gravidade os acidentes de Fukushima ao de 1986 em Chernobyl.
O responsável da OMS destacou distâncias entre o acidente ocorrido na central ucraniana - considerado até terça-feira o mais grave da história - e o da usina nuclear japonesa, embora tenha ressaltado que falava sempre quanto à "saúde pública".
"Em termos de saúde pública há fatores que marcam a diferença entre Chernobyl e Fukushima. O primeiro é que em Chernobyl as pessoas próximas não foram retiradas, o que fez com que sofressem exposição aguda à radiação", disse Neira.
"Também não foram distribuídas pastilhas de potássio iodado, e a terra ficou contaminada e não foi proibido o consumo de produtos locais", acrescentou.
Com relação a Fukushima, o responsável da OMS ressaltou que "a retirada (em um raio de 20 quilômetros da central) foi imediata, o que representou uma grande proteção à população, e foram distribuídas pastilhas de potássio iodado, além de proibir imediatamente o consumo de produtos da região.
Também fez diferenças entre "a transparência" mostrada pelo Governo japonês e a atitude do então Governo soviético após a explosão na usina de Chernobyl.
Neira não quis entrar em hipóteses sobre como seria o impacto à saúde pública se a situação de instabilidade na planta de Fukushima se prolongar sem que se encontre uma solução técnica para dar por concluído o acidente.
Por sua vez, precisou que agora o papel da OMS é sentar as bases, com o Governo japonês, para fazer estudos que avaliem as consequências que este acidente possa ter no longo prazo.
Neira garantiu que a OMS não considera necessário impor uma proibição geral de importar certos produtos do Japão, pois - disse - "é suficiente com os controles previstos no código de segurança alimentar".
Genebra - A elevação do nível de gravidade do acidente nuclear de Fukushima, no Japão, com grau máximo de 7 não tem incidência na saúde pública que exija novas medidas de prevenção, declarou nesta quarta-feira a Organização Mundial da Saúde (OMS).
"Do ponto de vista da saúde pública, não existe necessidade de adotarmos novas medidas" além das adotadas, como retirar as famílias das áreas próximas à usina nuclear, assinalou em entrevista coletiva Maria Neira, diretora de Saúde Pública e Meio Ambiente do organismo.
"Outro tema são as consequências ambientais, mas a OMS não é quem deve avaliar essa questão", acrescentou Neira sobre o anúncio na terça-feira do Governo japonês de equiparar no nível 7 de gravidade os acidentes de Fukushima ao de 1986 em Chernobyl.
O responsável da OMS destacou distâncias entre o acidente ocorrido na central ucraniana - considerado até terça-feira o mais grave da história - e o da usina nuclear japonesa, embora tenha ressaltado que falava sempre quanto à "saúde pública".
"Em termos de saúde pública há fatores que marcam a diferença entre Chernobyl e Fukushima. O primeiro é que em Chernobyl as pessoas próximas não foram retiradas, o que fez com que sofressem exposição aguda à radiação", disse Neira.
"Também não foram distribuídas pastilhas de potássio iodado, e a terra ficou contaminada e não foi proibido o consumo de produtos locais", acrescentou.
Com relação a Fukushima, o responsável da OMS ressaltou que "a retirada (em um raio de 20 quilômetros da central) foi imediata, o que representou uma grande proteção à população, e foram distribuídas pastilhas de potássio iodado, além de proibir imediatamente o consumo de produtos da região.
Também fez diferenças entre "a transparência" mostrada pelo Governo japonês e a atitude do então Governo soviético após a explosão na usina de Chernobyl.
Neira não quis entrar em hipóteses sobre como seria o impacto à saúde pública se a situação de instabilidade na planta de Fukushima se prolongar sem que se encontre uma solução técnica para dar por concluído o acidente.
Por sua vez, precisou que agora o papel da OMS é sentar as bases, com o Governo japonês, para fazer estudos que avaliem as consequências que este acidente possa ter no longo prazo.
Neira garantiu que a OMS não considera necessário impor uma proibição geral de importar certos produtos do Japão, pois - disse - "é suficiente com os controles previstos no código de segurança alimentar".