Coronavírus: OMS avalia que vacinas funcionam em proteger população. (Naeblys/Getty Images)
Repórter de Lifestyle
Publicado em 5 de maio de 2023 às 11h10.
Última atualização em 5 de maio de 2023 às 12h59.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) suspendeu nesta sexta-feira, 5, o nível máximo de alerta sobre a pandemia de covid-19 ao considerar que a doença está suficientemente controlada. “Com grande esperança declaro que a covid-19 já não é mais uma emergência sanitária de alcance internacional”, afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom.
Apesar da mudança de status, a covid-19 continua como uma pandemia, assim com a pandemia de HIV, por exemplo. A Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) é um termo técnico utilizado para criar esforços globais no enfrentamento de uma crise sanitária. Já pandemia tem relação com a disseminação de uma doença, em que vários surtos ocorrem em muitos países ao mesmo tempo.
"It is therefore with great hope that I declare #COVID19 over as a global health emergency.
However, that does not mean COVID-19 is over as a global health threat.
Last week, COVID-19 claimed a life every three minutes – and that’s just the deaths we know about"-@DrTedros pic.twitter.com/n6zad8qSdx
— World Health Organization (WHO) (@WHO) May 5, 2023
Nas contas de Tedros Adhanom, cerca de 20 milhões de pessoas morreram em decorrência da doença em todo o mundo. Segundo ele, este número é calculado levando em conta muitas subnotificações. No balanço oficial da OMS, quase 7 milhões de pessoas foram vítimas do coronavírus.
O nível máximo de alerta da organização foi declarado em 30 de janeiro de 2020, poucas semanas após a detecção na China dos primeiros casos da doença viral respiratória contra a qual não havia tratamento específico na época.
Em abril de 2022, o Brasil decretou o fim da covid-19 como uma emergência sanitária. A medida foi tomada após a redução na taxa diária de internações e mortes causadas pela doença, resultado da intensa campanha de vacinação.
No país, a principal alteração foi na distribuição de recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) para o enfrentamento da crise sanitária. Muitas cirurgias eletivas, por exemplo, que ficaram paradas durante a pandemia, foram retomadas com a organização e disponibilidade de leitos de UTI.
Após a decisão, diversos estados e municípios desobrigaram o uso de máscara em locais fechados e transporte público. Em março deste ano, o estado de São Paulo decretou o fim do uso obrigatório do item de proteção facial.
(Com AFP)