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Olimpíada de Paris deve impulsionar crescimento do PIB da França, diz banco central do país

Jogos terminam neste domingo e instituição financeira calcula um impacto positivo de 0,35% e 0,45% na economia

(Maja Hitij/Getty Images)
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 11 de agosto de 2024 às 08h32.

Última atualização em 11 de agosto de 2024 às 08h36.

Os Jogos Olímpicos de Paris devemimpulsionar uma aceleração no crescimento econômico francês no terceiro trimestre, de acordo com uma pesquisa mensal do banco central do país.

O Banco da França afirmou que o PIB aumentará entre 0,35% e 0,45%, em comparação com 0,3% nos dois períodos anteriores,graças às receitas provenientes da venda de ingressos para os Jogos Olímpicos e dos contratos de direitos televisivos. O impacto total sobre a atividade ainda está sendo avaliado, acrescentou.

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A pesquisa, realizada entre 22 de julho e 5 de agosto com 8,5 mil empresas, também mostrou que a incerteza empresarial na França diminuiu. O sentimento havia aumentado durante as eleições legislativas antecipadas, realizadas em 30 de junho.

Mesmo assim, ela continua maior nos setores da indústria e dos serviços em comparação ao período anterior à dissolução da Assembleia Nacional pelo presidente Emmanuel Macron, em 9 de junho.

"É cedo demais para determinar como essa incerteza afetará as decisões de contratação e investimento", disse o economista-chefe do banco central, Olivier Garnier, a jornalistas na última sexta-feira, 9.

Eleições legislativas

A pesquisa foi realizada após as eleições legislativas resultarem em um parlamento sem maioria e sem nenhum grupo político em condições de formar uma maioria viável. Durante uma campanha turbulenta, os investidores consideraram a possibilidade de que os partidos que prometeram desfazer as reformas pró-empresariais de Macron pudessem chegar ao poder.

O presidente ainda não nomeou um novo primeiro-ministro que possa formar governo. Macron disse que esperará, pelo menos, até o fim dosJogos Olímpicos. Ele pediu um compromisso entre os diferentes partidos para formar maioria.

Diante da incerteza política, a segunda maior economia da zona do euro estava em uma base sólida, com um crescimento mais forte do que o previsto na primeira metade do ano, o que ajudou a estabilizar as perspectivas para as finanças públicas do país, que estão em crise.

Mais cedo na sexta-feira, dados da agência de estatísticas Insee mostraram que a taxa de desemprego francesa caiu para 7,3% entre abril e junho. Economistas entrevistados pela agência Bloomberg projetavam que o nível se mantivesse inalterado em 7,5%. Macron fez do “pleno emprego” um objetivo central de seu segundo mandato, que termina em 2027.

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