OCDE: emergentes permitem redução de desigualdades
Paris - O secretário-geral da Organização para Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), Ángel Gurría, ressaltou hoje que a pujança dos países emergentes permite aumentar o gasto público em setores como a proteção social para iniciar programas de redução das desigualdades e de pobreza. "Graças ao crescimento rápido das economias emergentes, seus Governos podem se […]
Da Redação
Publicado em 16 de junho de 2010 às 12h03.
Paris - O secretário-geral da Organização para Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), Ángel Gurría, ressaltou hoje que a pujança dos países emergentes permite aumentar o gasto público em setores como a proteção social para iniciar programas de redução das desigualdades e de pobreza.
"Graças ao crescimento rápido das economias emergentes, seus Governos podem se permitir em aumentar o gasto público em um setor como à proteção social", comentou Gurría na apresentação à imprensa do primeiro relatório de perspectivas da OCDE.
Insistiu em que essa evolução é "uma ferramenta poderosa para reduzir as desigualdades" e que "investir em infraestrutura social pode contribuir para uma economia mais equilibrada".
O secretário-geral lembrou da experiência brasileira. Referiu-se aos programas de transferência de renda que cobre 74 milhões de pessoas, 39% da população, algo que só foi possível pelo crescimento econômico.
A organização neste novo estudo destaca que desde 1990 graças ao puxão de muitos países em desenvolvimento ao redor de 500 milhões de pessoas saíram da pobreza extrema (na qual se contabiliza aqueles que vivem com menos de US$ 1 por dia), 90% dos quais na China.
Outro dos pontos principais é como está mudando o peso da riqueza relativa no mundo, já que as economias em desenvolvimento, que representam 40% do Produto Interno Bruto (PIB) do mundo em 2000, aumentaram esse percentual para 49% na atualidade, e nessa linha representarão 57% em 2030.
Gurría comentou com relação a isso que "o ritmo da mudança foi tão rápido que a economia mundial é apenas reconhecível com relação à de 20 anos atrás" já que "o centro econômico está se deslocando de oeste para leste, das economias industrializadas às grandes economias em desenvolvimento, em particular China e Índia".