Obama pede cessar-fogo na Ucrânia para permitir investigação
"Não se deve obstruir as provas. Os pesquisadores têm que ter acesso ao local", disse o presidente americano
Da Redação
Publicado em 19 de julho de 2014 às 10h09.
Washington - O presidente dos Estados Unidos , Barack Obama, pediu nesta sexta-feira um cessar-fogo imediato no leste da Ucrânia para permitir uma investigação sobre o acidente do avião da Malaysia Airlines que, segundo assegurou, aconteceu "sobre uma área controlada pelos rebeldes pró-russos".
"Para facilitar a investigação, Rússia, separatistas pró-russos e Ucrânia devem aderir a um cessar-fogo imediato", disse Obama em uma declaração na sala de imprensa da Casa Branca.
"Não se deve obstruir as provas. Os pesquisadores têm que ter acesso ao local", acrescentou Obama, assegurando que uma equipe do FBI e da agência de Segurança para o Transporte (NTSB, na sigla em inglês) está "a caminho" da Ucrânia para participar da investigação.
O presidente considerou que o acidente "é certamente um alarme para que o mundo entenda que tem consequências um conflito em plena escalada no leste da Ucrânia, que não pode se conter" nem se reduzir a um conflito em nível local.
"Este degradante ato nos lembra que é hora de se restaurar a paz e a segurança na Ucrânia", comentou Obama.
Obama disse que "as provas indicam que o avião foi derrubado por um míssil terra-ar que foi lançado de uma área controlada pelos separatistas respaldados pela Rússia dentro da Ucrânia".
No entanto, ressaltou que é "cedo demais para saber as intenções de quem disparou o míssil" e evitou culpar diretamente o presidente russo, Vladimir Putin.
"Mas também sabemos que esta não é a primeira vez que um avião foi derrubado no leste da Ucrânia. Nas últimas semanas, separatistas apoiados pela Rússia derrubaram um avião de transporte ucraniano e um helicóptero ucraniano, e reivindicaram a derrubada de um avião de combate ucraniano", assegurou.
Obama destacou que esses separatistas "receberam um fluxo firme de apoio da Rússia".
O presidente americano confirmou que no incidente morreu "pelo menos um cidadão americano, Quinn Lucas Schansman", e enviou suas condolências a seus familiares.