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Obama alerta sobre os perigos dos conflitos na Ásia-Pacífico

Ele também afirmou que as violações dos direitos humanos e a desigualdade econômica são problemas que funcionam como 'receitas para a instabilidade'


	O presidente americano insistiu no compromisso de seu país com a paz
 (Kevin Lamarque/Reuters)

O presidente americano insistiu no compromisso de seu país com a paz (Kevin Lamarque/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 15 de novembro de 2014 às 07h21.

Brisbane (Austrália).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fez uma advertência neste sábado em Brisbane, pouco antes da abertura da Cúpula do G20, sobre os perigos que representam os conflitos territoriais na Ásia-Pacífico para o desenvolvimento da região.

'Há perigos que podem arruinar o progresso', disse Obama em discurso na Universidade de Queensland, ao enfatizar que 'o programa nuclear da Coreia do Norte é um problema, assim como as disputas territoriais nas ilhas remotas e atóis, que ameaçam gerar uma espiral de confronto'.

Obama se referia às disputas territoriais pelas ilhas conhecidas como Senkaku, no Japão; Diaoyu, na China, e Tiaoyu, em Taiwan, e outras envolvendo Brunei, China, Filipinas, Malásia, Taiwan e Vietnã no Mar da China Meridional.

Obama também afirmou que as violações dos direitos humanos, a desigualdade econômica e a extrema pobreza são problemas que funcionam como 'receitas para a instabilidade'.

O presidente americano insistiu no compromisso de seu país com a paz e a segurança da região e com organizações como a Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean) e o Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec).

'Decidi que, dada a importância desta região para a segurança e prosperidade dos Estados Unidos, vamos reequilibrar nossa política externa para desempenhar um papel maior e mais durável nesta região', comentou Obama.

O presidente americano reafirmou suas intenções de fortalecer os laços de defesa com o Japão e a Coreia do Sul, de incrementar os exercícios antiterroristas com as Filipinas e de ampliar a presença de fuzileiros navais na Austrália, entre outras iniciativas.

Em relação à China, disse que os Estados Unidos buscam uma 'relação construtiva' com o país, uma potência que terá um 'inevitável papel crítico na região'. No entanto, nessa aproximação Pequim deve 'observar as mesmas regras que outras nações, tanto no comércio como nos mares'.

O presidente americano reconheceu que outros eventos mundiais exigem sua atenção e lembrou que seu país lidera a luta internacional contra o Estado Islâmico (EI) e a epidemia do vírus ebola na África.

Sobre a crise na Ucrânia, Obama garantiu que se opõe à violência no país, 'que representa uma ameaça para o mundo, como pudemos ver na espantosa queda do (voo) MH17, uma tragédia que acabou com muitas vidas inocentes, entre elas australianas', afirmou.

Obama está em Brisbane para participar da Cúpula do G20. 

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