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O que é o Projeto Manhattan, citado por Trump ao anunciar Musk

Programa secreto levou à criação das primeiras armas nucleares da história durante a Segunda Guerra Mundial

Projeto Manhattan: entenda como foi a criação da primeira bomba atômica do mundo (Bettmann/Getty Images)

Projeto Manhattan: entenda como foi a criação da primeira bomba atômica do mundo (Bettmann/Getty Images)

Luiza Vilela
Luiza Vilela

Repórter de POP

Publicado em 12 de novembro de 2024 às 22h18.

Última atualização em 13 de novembro de 2024 às 06h00.

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O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na noite desta terça-feira, 12, que nomeará Elon Musk para chefiar um novo órgão federal, chamado de Departamento de Eficiência Governamental. Em comunicado oficial, o republicano destacou que a ação se tornará, potencialmente, "O Projeto Manhattan de nosso tempo".

Um dos principais projetos de desenvolvimento armamentista dos EUA no século passado, durante a Segunda Guerra Mundial, o Projeto Manhattan foi um programa secreto levou à criação das primeiras armas nucleares da história. Ficou em pauta no ano passado com o lançamento de "Oppenheimer", longa-metragem de Christopher Nolan, vencedor do Oscar de Melhor Filme em 2024.

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O que é o Projeto Manhattan?

Iniciado em 1942 e oficialmente encerrado em 1946, o projeto foi liderado por cientistas e engenheiros renomados, incluindo o físico J. Robert Oppenheimer, conhecido como o "pai da bomba atômica".

Com investimentos financeiros massivos e recursos humanos especializados, o Projeto Manhattan mudou o rumo da guerra e marcou o início da era nuclear. Surgiu a partir de uma necessidade militar urgente dos EUA. Em 1939, com o avanço das tropas nazistas pela Europa e as primeiras descobertas sobre a fissão nuclear, cientistas alertaram o governo norte-americano sobre o potencial de uma "super arma" baseada nessa tecnologia.

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Temendo que a Alemanha nazista pudesse desenvolver uma nova arma de longo alcance e destruição, os Estados Unidos decidiram investir em um projeto para explorar as aplicações militares da fissão nuclear. O objetivo era construir uma bomba atômica capaz de liberar uma quantidade de energia sem precedentes por meio de uma reação nuclear em cadeia.

Além da necessidade de defesa, havia uma motivação política: garantir que os EUA se tornassem a primeira e única potência com armas nucleares, assegurando uma vantagem estratégica no cenário global.

Desenvolvimento e fases do projeto

O Projeto Manhattan foi administrado pelo Exército dos Estados Unidos, sob a supervisão do general Leslie Groves, e contou com a participação de diversas universidades e laboratórios de pesquisa. O programa teve três locais principais:

  1. Los Alamos, Novo México – A base de desenvolvimento e testes, onde cientistas como Oppenheimer lideraram o trabalho para construir e testar a bomba.
  2. Oak Ridge, Tennessee – Instalações dedicadas ao enriquecimento de urânio.
  3. Hanford, Washington – Unidade responsável pela produção de plutônio.

Para realizar esses experimentos, o governo construiu cidades e laboratórios do zero, mobilizando dezenas de milhares de trabalhadores e cientistas em instalações ultra-secretas. O projeto avançou rapidamente em várias frentes: enriquecimento de urânio, desenvolvimento de plutônio e construção de bombas experimentais.

Teste e uso da bomba atômica

Em julho de 1945, o primeiro teste nuclear, conhecido como Trinity, foi realizado no deserto do Novo México. O sucesso do teste comprovou que era possível construir uma arma de destruição em massa baseada na fissão nuclear. Pouco tempo depois, em agosto de 1945, os EUA lançaram duas bombas atômicas nas cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, acelerando o fim da Segunda Guerra Mundial.

Esses ataques resultaram na rendição do Japão e causaram a morte de centenas de milhares de pessoas, além de efeitos devastadores e duradouros para os sobreviventes.

Impacto e legado do Projeto Manhattan

O Projeto Manhattan representou um marco tecnológico e geopolítico, inaugurando a era nuclear e provocando uma reconfiguração das relações de poder global. Após a guerra, o desenvolvimento de armas nucleares tornou-se um tema central na política de defesa e nas relações internacionais, levando à corrida armamentista entre os EUA e a União Soviética e ao início da Guerra Fria.

O legado do projeto também abriu debates éticos e morais sobre o uso de armas de destruição em massa e o impacto da ciência na humanidade. Com a criação de agências como a Comissão de Energia Atômica e o Tratado de Não Proliferação Nuclear, os países tentaram regulamentar e controlar o uso da tecnologia nuclear, mas o potencial destrutivo das armas nucleares continua a ser uma preocupação global.

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