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O Brasil e o despertar da Colômbia

Depois de uma guerra interna de mais de 50 anos, 200.000 vítimas e 45.000 desaparecidos, o conflito entre a Colômbia e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) pode ficar mais perto do fim hoje, quando as duas partes assinam, em Havana, um cessar-fogo definitivo. O tratado é o principal projeto político do presidente Juan […]

JUAN MANUEL SANTOS: o acordo com as Farc é uma vitória política de seu governo, e pode impulsionar a economia do país / Jose Miguel Gomez/ Reuters
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Da Redação

Publicado em 23 de junho de 2016 às 06h46.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h17.

Depois de uma guerra interna de mais de 50 anos, 200.000 vítimas e 45.000 desaparecidos, o conflito entre a Colômbia e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) pode ficar mais perto do fim hoje, quando as duas partes assinam, em Havana, um cessar-fogo definitivo. O tratado é o principal projeto político do presidente Juan Manuel Santos, responsável por iniciar as negociações em 2012.

Donos da terceira economia da América do Sul, os colombianos podem ter no processo de paz mais um passo para sua consolidação política e econômica — que vai muito bem, obrigado. O país cresceu 3,1% em 2015, mais do que todos os sul-americanos, com exceção do Peru. Num ranking de 189 nações, o Banco Mundial avaliou a Colômbia como 54º país com melhor clima para os negócios, enquanto o Brasil é apenas o 116º.

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Os aspectos positivos do acordo com as Farc tendem a provocar um rearranjo de forças na América do Sul. O sucesso da Colômbia pode até mesmo fazer com que o país supere a Argentina como segunda economia da região. “Está na hora de o Brasil reconhecer essa nova realidade e se aproximar mais da Colômbia”, diz Oliver Stuenkel, professor de relações internacionais da FGV.

Por ora, a Colômbia é apenas o sétimo parceiro comercial do Brasil. Em 2015, as trocas entre os dois países não passaram de 4 bilhões de dólares. O principal parceiro colombiano são os Estados Unidos, com 54 bilhões de dólares de comércio bilateral. O acordo de paz desta quinta ainda não representa o fim das negociações com as Farc, já que é necessária uma ratificação definitiva mais à frente e, possivelmente, a aprovação dos termos do tratado num referendo. Dá tempo para o Brasil correr atrás.

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