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Número de mortes em desabamento em Bangladesh chega a 922

A catástrofe, que ocorreu no subúrbio industrial de Savar, próximo a Daca, também deixou 2.437 feridos, um número que permaneceu inalterado desde na última semana

Equipes de resgate procuram vítimas em escombros do prédio que desabou em Bangladesh (REUTERS/Andrew Biraj)

Equipes de resgate procuram vítimas em escombros do prédio que desabou em Bangladesh (REUTERS/Andrew Biraj)

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Da Redação

Publicado em 9 de maio de 2013 às 07h23.

Nova Délhi - O número de mortos no desabamento de um complexo de oficinas têxteis em Bangladesh no último dia 24 de abril foi atualizado em nesta quinta-feira em 922, informou à Agência Efe o porta-voz do Exército Shahinulá Islã.

"Estamos trabalhando dia e noite sem pausa para resgatar os corpos que ainda estão entre os escombros. Não pararemos a operação até que tenhamos recuperado todos os corpos", afirmou Islã.

A catástrofe, que ocorreu no subúrbio industrial de Savar, próximo a Daca, também deixou 2.437 feridos, um número que permaneceu inalterado desde na última semana.

Segundo o jornal "The Daily Star", 634 cadáveres já foram entregues aos familiares das vítimas, 79 foram enterrados após não terem sidos identificados devido ao seu estado de deterioração e o restante estão em um centro escolar à espera de ser reconhecido.

Ontem, o governo bengalês anunciou que fechou provisoriamente 18 fábricas têxteis por motivos de segurança, uma medida adotada somente após a tragédia, considerada como o pior acidente do setor na história de Bangladesh.

A Associação de Manufatureiros e Exportadores de Artigos de Ponta de Bangladesh (BGMEA), que ordenou o fechamento de oito fábricas para passarem por uma ampla supervisão técnica, também desenvolve uma fiscalização paralela.

"Pedimos aos donos de todas as fábricas que nos entreguem um relatório antes do dia 30 de maio sobre o estado da estrutura das instalações", afirmou nesta quinta-feira à Agência Efe o vice-presidente do BGMEA, Shahidulá Azim.

O o organismo também se encarregará de pagar os salários atrasados dos trabalhadores sobreviventes das empresas envolvidas na tragédia, dado que os proprietários das mesmas já estão em prisão.

Segundo Azim, 1.776 empregados já receberam os salários atrasados - alguns deles de até quatro meses - e os demais receberão nos próximos dias. "Os feridos que ainda estiverem internados vão receber no próprio hospital", acrescentou.

A tragédia de Savar evidenciou as péssimas condições trabalhistas e de segurança dos trabalhadores das fábricas têxteis do país asiático, as quais abastecem grandes grifes ocidentais.

*Atualizado às 07h22

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