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Novo governo do Egito mantém ministros do regime de Mubarak

A presença do marechal-de-campo Hussein Tantawi na pasta da Defesa reafirma o papel dos militares no epicentro do poder

Al-Ganazuri em Tantawi reunião sobre o novo governo (Amr Nabil/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de agosto de 2012 às 16h22.

Cairo - O marechal-de-campo Hussein Tantawi manteve seu posto de ministro da Defesa no novo governo do Egito, empossado nesta quinta-feira pelo presidente Mohamed Mursi, da Irmandade Muçulmana. A presença de Tantawi reafirma o papel dos militares no epicentro do poder.

A inclusão de Tantawi no governo do primeiro-ministro Hisham Kandil já era esperada, mas pôs em evidência a disputa de poder entre o presidente civil, de um grupo islâmico que era banido, e os generais que tiraram Hosni Mubarak do poder.

"Começamos do zero? Com certeza, não", disse Kandil durante uma entrevista coletiva. "Houve um trabalho sério e dedicado no último período dos governos anteriores, o qual devemos seguir." Além da inclusão de Tantawi - ministro da Defesa de Mubarak por duas décadas --, o novo governo apoiou-se bastante em burocratas de nível sênior que comandaram o governo nos últimos dias de Mubarak.

O primeiro-ministro que deixou o poder, Kamal al-Ganzouri, foi nomeado assessor de Mursi.

No entanto, a inclusão de pelo menos quatro membros da Irmandade Muçulmana no governo representa um rompimento notável com o passado. Um deles será ministro da Informação, o que deixará o grupo com a incumbência de comandar uma poderosa instituição que supervisiona a TV estatal egípcia.

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A inclusão de Tantawi no governo do primeiro-ministro Hisham Kandil já era esperada, mas pôs em evidência a disputa de poder entre o presidente civil, de um grupo islâmico que era banido, e os generais que tiraram Hosni Mubarak do poder.

"Começamos do zero? Com certeza, não", disse Kandil durante uma entrevista coletiva. "Houve um trabalho sério e dedicado no último período dos governos anteriores, o qual devemos seguir." Além da inclusão de Tantawi - ministro da Defesa de Mubarak por duas décadas --, o novo governo apoiou-se bastante em burocratas de nível sênior que comandaram o governo nos últimos dias de Mubarak.

O primeiro-ministro que deixou o poder, Kamal al-Ganzouri, foi nomeado assessor de Mursi.

No entanto, a inclusão de pelo menos quatro membros da Irmandade Muçulmana no governo representa um rompimento notável com o passado. Um deles será ministro da Informação, o que deixará o grupo com a incumbência de comandar uma poderosa instituição que supervisiona a TV estatal egípcia.

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