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3º ministro turco renuncia por escândalo e critica Erdogan

No começo da manhã renunciaram os ministros de Economia, Zafer Çaglayan, e do Interior, Muammer Güler


	Primeiro-ministro turco Recep Tayyip Erdogan: Bayraktar não só defendeu sua inocência mas pediu que o primeiro-ministro, Recep Tayyip Erdogan, também renunciasse
 (Reuters)

Primeiro-ministro turco Recep Tayyip Erdogan: Bayraktar não só defendeu sua inocência mas pediu que o primeiro-ministro, Recep Tayyip Erdogan, também renunciasse (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 25 de dezembro de 2013 às 11h53.

Istambul - O ministro do Meio Ambiente e Urbanismo da Turquia, Erdogan Bayraktar, renunciou nesta quarta-feira e se tornou o terceiro integrante do governo a deixar seu cargo em menos de oito horas em função de um escândalo de corrupção, informou a emissora de notícias 'NTV'.

Ao contrário de seus dois colegas demissionários, Bayraktar não só defendeu sua inocência mas pediu que o primeiro-ministro, o islamita moderado Recep Tayyip Erdogan, também renunciasse.

No começo da manhã renunciaram os ministros de Economia, Zafer Çaglayan, e do Interior, Muammer Güler, cujos filhos estão em prisão preventiva acusados de participação em uma rede de subornos.

Ambos emitiram declarações parecidas denunciando a investigação como 'um jogo sujo' contra o executivo.

Já o ministro de Urbanismo, cujo filho também foi preso e solto em seguida sob liberdade condicional, criticou a maneira como a gestão da crise foi conduzida.

'Não aceito que me digam: 'renuncie pelo caso dos subornos e faça uma declaração pública que me tranquilize'', disse o ministro, declaração que pareceu uma denúncia de pressões recebidas por parte do primeiro-ministro.

'Não aceito. Grande parte do planejamento urbano sob investigação foi aprovado pelo primeiro-ministro', criticou Bayraktar.

'Anúncio minha demissão do Ministério e do Parlamento. E expresso minha convicção de que para tranquilizar nosso país o primeiro-ministro também deveria renunciar', concluiu.

Esta é a primeira vez que um alto funcionário do Partido de Justiça e Desenvolvimento (AKP), fundado por Erdogan, coloca publicamente em xeque a permanência no cargo do primeiro-ministro.

Vários analistas turcos indicaram nos últimos dias que o esquema mais frequente de corrupção na Turquia envolvia a agência estatal da habitação (TOKI), controlada diretamente por Erdogan. 

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