Edward Snowden: ele chegou a Moscou em junho de 2013 procedente de Hong Kong e recebeu em 2014 uma permissão de residência por 3 anos (AFP)
Da Redação
Publicado em 27 de junho de 2016 às 10h15.
Copenhague - O tribunal de primeira instância de Oslo desprezou nesta segunda-feira a demanda interposta pelo ex-analista da CIA Edward Snowden contra o Estado norueguês para poder viajar para este país nórdico em novembro para receber um prêmio outorgado pelo Pen Clube sem risco de ser extraditado aos Estados Unidos.
O juiz responsável aceitou os argumentos da Procuradoria do Estado de que o tribunal não pode se ocupar do caso enquanto não exista uma solicitação formal de extradição contra Snowden, que desfruta de asilo político na Rússia.
O Pen Clube norueguês outorgou em março a Snowden o prêmio Ossietzsky, que será entregue em 18 de novembro na Universidade de Oslo, por seu trabalho a favor da liberdade de expressão.
Na demanda apresentada em abril esta associação de escritores, que exerce apoio jurídico ao ex-analista, sustentava que os atos de Snowden, a quem os Estados Unidos acusam de revelar segredos de Estado, são "claramente de caráter político, e de acordo com o direito internacional e as leis norueguesas, ele não pode ser extraditado".
A também norueguesa Academia Bjørnstjerne Bjørnson já tentou no ano passado levar Snowden a este país nórdico, porque foi agraciado com um prêmio de direitos humanos, mas o governo não quis garantir que não seria extraditado.
Snowden chegou a Moscou em junho de 2013 procedente de Hong Kong e recebeu em 2014 uma permissão de residência na Rússia para um prazo de três anos.