Washington - O distrito escolar da Filadélfia, nos Estados Unidos, impôs uma norma há quatro anos que proíbe seus funcionários de terem barbas com mais de um quarto de polegada (pouco mais de meio centímetro), o que obrigou a Justiça Federal a intervir para garantir o respeito à liberdade religiosa.
As partes finalmente chegaram a um acordo que encerra um processo por discriminação religiosa aberto em março e obriga o distrito a revisar suas normas de aparência física para que garantam o respeito à liberdade de fé, informou o Departamento de Justiça em comunicado.
A ação representava o mal-estar de um veterano funcionário do distrito, o policial Abu-Bakr, que após 27 anos trabalhando no mesmo posto com a barba comprida teve que enfrentar a nova norma de 2010, em conflito com sua fé islâmica, que não permite que se barbeie ou a apare.
"Os indivíduos não têm que ser obrigados a escolher entre manter seus postos de trabalho e praticar sua fé, quando podem ser feitas adaptações razoáveis", considerou Jocelyn Samuels, da divisão de Direitos Civis do Departamento de Justiça.
Com o acordo alcançado hoje o distrito é obrigado a considerar as exceções ou adaptações em suas normas de aparência física por motivos religiosos.
Além disso, a decisão obriga o distrito a manter um "processo interativo" com seus funcionários antes de negar uma adaptação da norma por motivos religiosos, como aconteceu com o agente Abu-Bakr, que não teve seu pedido considerado.
O agente tinha notificado previamente ao seu supervisor que não podia cumprir a nova legislação por causa da sua fé islâmica, mas recebeu uma reprimenda por escrito por não ter cumprido o estabelecido.
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1. O fim dos Estados Unidos como o conhecemos?
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1/10 (Getty Images)
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2. Cidadania americana
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2/10 (Ali al-Saadi/AFP)
Em 2013, 2999 cidadãos americanos renunciaram a sua cidadania, o maior número da história e um aumento de 753% em relação a 1998
Entre 2012 e 2013, o salto foi gigantesco: de 932 para 2999. Fonte:
Treasury Department/PolicyMic
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3. Mais idas que vindas
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3/10 (Getty Images)
Em 2012, 8 países receberam mais americanos que mandaram seus cidadãos para os EUA, entre eles Brasil, China, Austrália e Chile.
Em 2011, esse “déficit” só tinha ocorrido com 4 países. Fonte:
UniGroup Relocation/Business Insider
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4. Sem religião
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4/10 (REUTERS/Lucas Jackson)
Em 1990, 7,7% diziam não ter nenhuma afiliação religiosa. Em 2012, essa porcentagem chegou a 19,7%. Entre jovens de 18 a 24 anos, 1 entre 3 se diz sem religião. Entre os que se dizem liberais, essa porcentagem chega a 40%. Em 1972, apenas
1 entre 20 não tinha religião. Em 2013,
1 entre 5. Fonte:
General Social Survey
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5. O melhor país do mundo
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5/10 (AFP)
50% dos americanos de 65 anos ou mais acreditam que nenhum país é melhor que os EUA.
Entre os jovens de 18 a 29 anos, essa porcentagem cai para 27%. 12% deles acreditam que há outras nações melhores. Fonte:
Pew Research Center (2011)
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6. Orgulho da América
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6/10 (Stock.xchng)
2 entre 3 idosos nos EUA dizem ter “extremos orgulho da América”. Apenas 2 entre 5 jovens dizem o mesmo. Americanos acima de 50 anos são mais propensos que os europeus (superando-os em 15 pontos percentuais) a falar que “a cultura americana” é superior. Entre os jovens americanos, é ao contrário: são menos propensos que os europeus em afirmar isso. Fonte:
Public Religion Research Institute
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7. Determinismo americano
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7/10 (Jewel Samad/AFP)
Os americanos sempre alimentaram a noção de que, não importando o meio, você poderia vencer e ser rico. Os jovens não pensam assim: eles são mais propensos que os adultos (14 pontos mais) a dizer que, nos EUA, a riqueza se deve mais ao “berço e aos contatos certos” que “ao trabalho, ambição e educação”. Fonte:
Pew Research
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8. Capitalismo x Socialismo
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8/10 (Joe Raedle/Getty Images)
Os adultos dizem preferir o capitalismo ao socialismo com uma vantagem de 27 pontos percentuais. Já os jovens por pouco não preferiram o socialismo em sua maioria. Em 2003, os americanos concordavam mais com a afirmação “o livre-mercado é o melhor sistema” que italianos, alemães ou britânicos. Em 2010,
a situação se inverteu. Fonte: Pew Research e GlobeScan
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9. Senhores das armas
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9/10 (Chung Sung-Jun/Getty Images)
Os adultos americanos acreditam muito mais que os adultos britânicos que o seu país não precisa de aprovação da ONU para ir à guerra (29 pontos percentuais acima). Entre os jovens essa diferença é de apenas 8 pontos percentuais. Jovens americanos
concordam mais com a afirmação "os EUA devem levar os interesses de seus aliados em conta, mesmo que isso comprometa o interesse americano" que os americanos mais velhos (23 pontos percentuais acima). Eles também são muito mais favoráveis à ONU que os mais velhos (24 pontos percentuais acima).
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10. Entenda mais sobre as mudanças nos EUA
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10/10 (Alex Wong/Getty Images)