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No Ano Novo Judaico, Israel volta ao lockdown para conter avanço da covid

O país tem hoje a mais alta taxa de contaminação pela covid-19 per capita no mundo. São quase 177.000 casos numa população de 8,8 milhões de habitantes

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Protesto contra o governo israelense, em abril: no início da pandemia, a população aderiu ao distanciamento social (Daniel Bar On/Anadolu Agency/Getty Images)

Protesto contra o governo israelense, em abril: no início da pandemia, a população aderiu ao distanciamento social (Daniel Bar On/Anadolu Agency/Getty Images)

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Leo Branco

Publicado em 18 de setembro de 2020 às, 06h17.

Última atualização em 18 de setembro de 2020 às, 06h19.

Neste sábado, 19, o Rosh Hashanah (Ano Novo Judaico) é celebrado com feriado em Israel. A data é normalmente uma das mais festivas do país, com reuniões familiares e festas nas ruas das principais cidades.

Em 2020, a celebração coincidiu com um repique no contágio pela covid-19 no país. Na segunda-feira, 15, o país teve perto de 5.000 casos da doença, um recorde para o padrão local.

No início da pandemia, o governo israelense ficou conhecido pelo mundo pela rigidez das medidas de segurança adotadas contra o vírus. O país foi um dos primeiros a fechar as fronteiras externas, no início de março.

Além disso, o governo local impôs um lockdown completo à população. O relaxamento parcial das medidas contou com a adesão da população. Em abril, o distanciamento social foi mantido inclusive em protestos em massa contra o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, acusado de corrupção.

As medidas foram responsáveis por brecar o avanço da doença – até julho, o ritmo de novos casos raramente passou de 500 por dia.

O relaxamento quase total das medidas de isolamento social mudou a situação radicalmente desde agosto. De acordo com a imprensa israelense, citando especialistas locais, o país tem hoje a mais alta taxa de contaminação pela covid-19 per capita no mundo. São quase 177.000 casos numa população de 8,8 milhões de habitantes.

"O repique no número de casos da covid-19 deve-se justamente à liberação que ocorreu, apesar de as consequências terem sido muito mais amenas que o previsto", Samuel Feldberg, professor de relações internacionais da Universidade de São Paulo e membro do conselho acadêmico da StandWithUs Brasil, organização de advocacy de Israel no exterior.

"O número de pacientes entubados é relativamente pequeno e por hora não há risco de colapso do sistema de saúde, mas o manejo da crise tem sido criticado por incluir um excesso de considerações políticas."

Em função da crise sanitária, o governo israelense decretou a volta do lockdown completo a partir desta sexta, 18, às 14h do horário local (8h no horário de Brasília). Entre as medidas previstas está o controle de deslocamentos acima de 500 metros só para casos de extrema necessidade. Por isso, muitas famílias anteciparam a celebração do Rosh Hashanah para a noite de quinta-feira, 17.

A situação em Israel coincide com uma alta nos casos da covid-19 na Europa, também um exemplo de sucesso inicial no combate à doença.

Nesta quinta, o diretor-regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) nos países europeus, Hans Kluge, disse que a situação da pandemia no continente é "muito grave", com um avanço dos novos casos num ritmo acima do visto no primeiro pico da doença, em março.

Nas contas de Kluge, só na semana passada foram 300.000 novos casos no continente. Desde março, a Europa teve 4,8 milhões de casos e pouco mais de 226 mil mortes pela doença.

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