Agência de notícias
Publicado em 10 de setembro de 2024 às 07h15.
Última atualização em 10 de setembro de 2024 às 11h01.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse nesta segunda-feira, 9, que respeita a decisão do ex-candidato presidencial pela maior coalizão de oposição a seu governo, Edmundo González Urrutia, de deixar o país e ir para a Espanha, após apresentar um pedido de asilo oas espanhóis e receber salvo-conduto das autoridades venezuelanas.
“Posso dizer ao embaixador González Urrutia, em Madri, meu respeito por sua decisão. Todo o meu respeito pela decisão que tomou”, declarou Maduro em seu programa semanal de televisão.
Lula se reúne com secretária-geral do Itamaraty para discutir situação da VenezuelaNo último sábado, o governo venezuelano anunciou que Edmundo González havia deixado o país com um salvo-conduto concedido “em nome da tranquilidade e da paz política”, depois de passar “vários dias” como refugiado na embaixada espanhola, após um pedido de asilo.
Maduro afirmou que, após a saída de Edmundo González da Venezuela, o país “está calmo”.
“Jogamos limpo e ganhamos, e quando digo que ganhamos, significa que a paz do país ganhou, hoje o país está calmo, o país aplaude o que aconteceu”, comentou.
No último domingo, o ex-embaixador alegou que sua saída da Venezuela para a Espanha “foi cercada por episódios de pressão, coerção e ameaças”.
Edmundo González passou mais de um mês na embaixada da Holanda em CaracasNa segunda-feira, 9, González disse que tomou a decisão de deixar o país porque o destino dos venezuelanos “não pode, não deve, ser o de um conflito de dor e sofrimento”.
“Fiz isso para que as coisas possam mudar e para que possamos construir uma nova era para a Venezuela”, afirmou o líder opositor na rede social X (ex-Twitter).
González Urrutia também pediu a “política do diálogo” e ressaltou que “somente a democracia e a realização da vontade do povo podem ser o caminho para” o “futuro como país”, algo com o qual ele permanecerá “comprometido”.