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Netanyahu e Hollande relembram vítimas de massacre

A cerimônia começou com um discurso de Arie Bensemoun, chefe local da principal associação judaica da França

François Hollande e Benjamin Netanyahu apertam mãos: a França é o lar de entre 350.000 e 500.000 judeus, de acordo com estimativas (©AFP / Martin Bureau)
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Da Redação

Publicado em 1 de novembro de 2012 às 15h13.

Paris - O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o presidente francês, François Hollande , participaram nesta quinta-feira de uma cerimônia em uma escola judaica no sudoeste da França, em memória de três crianças e um rabino mortos por um atirador islâmico.

O memorial na escola Ohr Torah atraiu alunos e seus pais, além do rabino-chefe da França, Gilles Bernheim, e de Eva Sandler, casada com o franco-israelense Jonathan, e mãe de dois filhos, todos mortos a tiros no dia 19 de março por Mohamed Merah, um assassino inspirado pelas ações da Al-Qaeda.

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Os tiros disparados por Merah na cidade de Toulouse também tiraram a vida de três paraquedistas franceses alguns dias antes. Os ataques do atirador, morto em um cerco policial, elevaram o sistema de alerta de terrorismo francês ao nível mais alto na região.

A cerimônia começou com um discurso de Arie Bensemoun, chefe local da principal associação judaica da França.

"Esta é uma cerimônia muito específica, é muito rica em emoção... rica em fraternidade e rica em conciliação", disse Netanyahu.

O diretor da escola, Yaacov Monsenego, que perdeu sua filha de oito anos Miriam no ataque, chorou muito ao se dirigir aos presentes.


"Minha vida como marido, como pai, como o diretor de uma escola virou de cabeça para baixo", disse.

"O ataque nos mergulhou na escuridão", afirmou.

Na semana passada, a polícia francesa divulgou um relatório que expôs várias falhas em uma investigação sobre o atirador realizada antes de seus ataques.

A visita conjunta de Hollande e Netanyahu enviou "uma mensagem muito forte de unidade contra este perigo que ameaça toda a Humanidade", disse Nicole Yardeni, presidente do Conselho de Instituições Judaicas francesas na região de Midi-Pirineus.

Um forte esquema de segurança foi montado no local, o que fez um policial afirmar: "Netanyahu é uma das figuras mais protegidas do mundo, juntamente com o Papa e com o presidente dos Estados Unidos".

A França é o lar de entre 350.000 e 500.000 judeus, de acordo com estimativas.

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