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Nem a rainha será poupada pelo plano de austeridade britânico

Plano apresentado pelo governo britânico congela despesas com a família real e teve apoio da Rainha

Elizabeth II: realeza incluída no plano britânico de corte de gastos (AFP/Alastair Grant)

Elizabeth II: realeza incluída no plano britânico de corte de gastos (AFP/Alastair Grant)

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Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2010 às 17h53.

Londres - O ministro britânico das Finanças, George Osborne, apresentou nesta terça-feira ao Parlamento um pacote de austeridade que não poupa nenhum britânico - nem mesmo a rainha, que aceitou "graciosamente" o congelamento das despesas oficiais relacionadas a ela e a seu marido.

"Com a plena concordância da rainha, a Lista Civil ficará congelada, em 2011, em 7,9 milhões de libras (9,5 milhões de euros), e novos meios de assistência serão propostos numa data futura", indicou o ministro.

A declaração responde a informações da imprensa segundo as quais a rainha havia solicitado um aumento da verba destinada a ela, que permaneceia a mesma desde 1990, ano no qual o governo conservador de John Major mostrou-se particularmente generoso.

Segundo o site oficial do tesouro britânico, o congelamento significa que o valor da Lista Civil, de fato, diminuiu 76% em 20 anos, devido à inflação.

O ministro das Finanças também anunciou que a Casa Real aceitou submeter suas despesas a uma auditoria, como acontece com as demais despesas públicas. Segundo Osborne, esta evolução levará a "uma maior transparência" e "confiança do público".

Graham Smith, um dos incentivadores do movimento "Republic", que milita por uma abolição da monarchia saudou a auditoria como "imensa vitória", considerando que poderá revelar "um uso inapropriado" do dinheiro do contribuinte. Lamentou que o novo governo David Cameron não levou a audácia até impor "cortes fiscais" no orçamento dedicado à rainha.

Cerca de 70% do total da Lista Civil criada em 1760 é destinada a pagar salários de 1.200 empregados reais, entre eles jardineiros, secretários, escudeiros, restauradores de imóveis.

Também é destinada a financiar recepções oficiais e outras reuniões frequentadas anualmente por cerca de 50.000 convidados.

Segundo recente classificação do Sunday Times, a fortuna da rainha corresponde, hoje, apenas a 214ª do reino.

Ela custa, no total, 66 "pennies" (79 cents) para cada contribuinte, se forem levados em conta diversos subsídios concedidos - além da Lista Civil - para as despesas de outros membros da família real e ainda a conservação de mansões e propriedades da coroa.

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