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Negociações com UE serão apertadas, diz secretário britânico

David Cameron tem prometido rever a relação do país com a União Europeia em um referendo nacional sobre a adesão ao bloco no final de 2017


	O chanceler britânico, Philip Hammond
 (Tobias Schwarz/AFP)

O chanceler britânico, Philip Hammond (Tobias Schwarz/AFP)

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Da Redação

Publicado em 14 de fevereiro de 2016 às 11h52.

Londres -- As negociações entre o Reino Unido e a União Europeia sobre os novos termos de adesão do país ao bloco devem ser bastante disputadas, com algumas questões sendo resolvidas apenas durante a reunião dos líderes europeus na quinta-feira, disse hoje o secretário de Relações Internacionais do Reino Unido, Philip Hammond.

Em uma entrevista para a mídia britânica, Hammond afirmou que a UE concordou com o princípio de que o Reino Unido deve ter um regime especial para novos imigrantes - como restrições de acesso a benefícios sociais. A concessão representa uma vitória das autoridades britânicas que, no entanto, ainda precisam discutir com os demais países como isso acontecerá.

"Ainda temos que negociar o que exatamente esse novo regime significa", disse. "Não acredito que isto será resolvido antes de quinta-feira. O assunto vai estar na pauta quando o primeiro-ministro se reunir com o Conselho Europeu", acrescentou.

David Cameron tem prometido rever a relação do país com a União Europeia em um referendo nacional sobre a adesão ao bloco no final de 2017. A consulta, no entanto, pode acontecer já na metade do ano caso os demais países do bloco concordem com suas propostas na reunião desta semana.

O plano de Cameron para obrigar imigrantes a esperar quatro anos antes de poder ter acesso a benefícios sociais é a medida mais polêmica das propostas. Para Hammond, limitar essa espera a um ano não seria o suficiente.

O secretário afirmou que, caso o seu país não consiga um compromisso nas quatro principais questões levantadas por Cameron - a relação entre os membros da UE dentro e fora da zona do euro, soberania nacional e o acesso a benefícios sociais - "continuaremos apenas no falatório".

"Nossos parceiros europeus entendem que precisamos de um acordo robusto em cada uma dessas áreas para que o povo britânico vote por continuar dentro da União Europeia", disse.

Fonte: Dow Jones Newswires.

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