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"Não vamos contar apenas com a palavra de Assad", diz Obama

"Se a diplomacia fracassar, os Estados Unidos e a comunidade internacional têm que estar preparados para atuar", afirmou o presidente americano


	Barack Obama: o presidente afirmou que o governo seguirá apoiando uma solução diplomática que obrigue o regime sírio a entregar e destruir as armas químicas 
 (Evan Vucci/Pool via Bloomberg)

Barack Obama: o presidente afirmou que o governo seguirá apoiando uma solução diplomática que obrigue o regime sírio a entregar e destruir as armas químicas  (Evan Vucci/Pool via Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 14 de setembro de 2013 às 12h44.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse neste sábado que seu governo continuará trabalhando para encontrar uma solução diplomática para o conflito sírio, mas advertiu que não contará apenas com a palavra da Rússia e do presidente da Síria, Bashar al Assad.

Em seu discurso semanal dos sábados, Obama afirmou que governo seguirá apoiando uma solução diplomática que obrigue o regime sírio a entregar e destruir as armas químicas com as quais supostamente perpetrou o ataque que matou cerca de mil pessoas em 21 de agosto.

O pronunciamento é transmitido no sábado mas foi gravado, como de costume, na sexta-feira, antes do acordo alcançado hoje pelo secretário de Estado americano, John Kerry, e o chanceler russo, Sergei Lavrov, que estabeleceu que as autoridades sírias devem permitir um "acesso imediato e total" a todos os lugares de armazenamento de armas químicas.

"Vimos indicações de avanços. Há uma semana, o regime de Assad não reconhecia que possuía armas químicas. Hoje reconhece", disse o presidente.

"A Síria mostrou sua disposição de se unir a outros 189 países, que representam 98% da humanidade, no cumprimento de um acordo internacional que proíbe o uso de armas químicas. E a Rússia arriscou sua própria credibilidade ao apoiar este resultado", acrescentou.


Obama assegurou "estar preparado para seguir em frente" com qualquer plano estabelecido por Kerry e Lavrov, mas frisou que seu governo segue alerta para qualquer passo em falso.

"Como este plano só surgiu por causa da ameaça factível de uma ação militar por parte dos Estados Unidos, manteremos nossa postura militar na região para seguir pressionando o regime de Assad. E se a diplomacia fracassar, os Estados Unidos e a comunidade internacional têm que estar preparados para atuar", afirmou.

Kerry e Lavrov finalizaram hoje em Genebra um processo de negociação sobre como implementar a iniciativa russa de identificar, pôr sob controle internacional e destruir o arsenal químico da Síria. 

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