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Nacionalistas mantêm consulta de independência na Catalunha

Partidos favoráveis à consulta separatista manterão a convocação para 9 de novembro, apesar da suspensão da votação pelo Tribunal Constitucional espanhol


	Presidente da Catalunha, Artur Mas: Catalunha está em conflito com Madri há anos
 (Josep Lago/AFP)

Presidente da Catalunha, Artur Mas: Catalunha está em conflito com Madri há anos (Josep Lago/AFP)

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Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2014 às 11h06.

Barcelona - Os partidos favoráveis à consulta separatista na Catalunha, reunidos com o presidente regional, Artur Mas, acertaram nesta sexta-feira que manterão a convocação para 9 de novembro, apesar da suspensão da votação pelo Tribunal Constitucional espanhol, informou o porta-voz do governo.

"Foi acertado o seguinte: manter a convocação com a vontade de que a cidadania possa participar e exercer seu direito a voto em 9 de novembro", afirmou, o porta-voz Francesc Homs, que pediu aos magistrados que levantem a suspensão.

O governo da Catalunha também publicou oficialmente nesta sexta-feira o decreto de criação da comissão de controle da consulta independentista impugnada pelo governo espanhol, em um desafio à suspensão cautelar da votação determinada pelo TC.

O governo espanhol imediatamente anunciou que vai impugnar ante o TC a criação da junta, alegando descumprimento da lei, segundo a vice-presidente do governo, Soraya Saenz de Santamaría.

Os parlamentares desta região do nordeste da Espanha aprovaram na quarta-feira a criação da comissão por 86 votos a favor e 48 abstenções dos partidos contrários à consulta.

Os partidos contrários alegaram que a decisão parlamentar representava um desacato da sentença do Tribunal Constitucional espanhol de suspender a lei e o decreto de convocação da consulta, enquanto a justiça examina a questão.

Região de 7,5 milhões de habitantes e com 20% da renda espanhola, a Catalunha está em conflito com Madri há vários anos.

O governo espanhol afirma que os catalães não têm o direito de decidir unilateralmente seu futuro e rejeita a consulta sobre a independência convocada para 9 de novembro.

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