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Na Rio+20 ONG francesa traz documento contra Belo Monte

As assinaturas foram coletadas na Europa, pela internet – a maior parte delas na França e na Bélgica, segundo os organizadores

O representante da ONG francesa, Ildo Tikuna, explicou que a petição foi um pedido expresso do cacique Raoni Kaiapó para divulgar os problemas na Amazônia (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)
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Da Redação

Publicado em 18 de junho de 2012 às 17h17.

Rio de Janeiro - Os índios da etnia Kaiapó receberam hoje (18) da organização não governamental francesa Planète Amazone documento com cerca de 350 mil assinaturas contra a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte , que será instalada no Rio Xingu.

As assinaturas foram coletadas na Europa, pela internet – a maior parte delas na França e na Bélgica, segundo os organizadores. O documento foi lançado no ano passado e permanece no site.

De acordo com o representante da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia (Coiab), Marcos Apurinã, que recebeu o documento com as assinaturas, o protesto dos europeus se somará ao dos brasileiros.

"Vamos levar tudo para a presidenta Dilma [Rousseff] em breve", declarou. “É especialmente para ela. Para dizer que os índios brasileiros não estão sozinhos”, afirmou durante a Cúpula dos Povos, evento paralelo à Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20).

“Ela precisa saber que está assinando documentos para a ONU [Organização das Nações Unidas] dizendo que os povos indígenas estão bem, mas não estamos bem. Pelo contrário”, completou em referência ao impacto da obras. Segundo Apurinã, a barragem vai afetar “completamente o modo vida” dos índios.

O representante da ONG francesa, Ildo Tikuna, explicou que a petição foi um pedido expresso do cacique Raoni Kaiapó para divulgar os problemas na Amazônia. “O impacto da barragem é de nível mundial em termos de desmatamento e emissão de gases de efeito estufa”, afirmou.

A entidade também acredita que pode reforçar a mobilização para que a obra seja reavaliada pelo Brasil. “Como o governo federal não está ouvindo nenhuma das etnias, o objetivo da petição é fazer barulho para que os povos sejam atendidos e divulgar isso [a construção de Belo Monte] lá fora”.

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Rio de Janeiro - Os índios da etnia Kaiapó receberam hoje (18) da organização não governamental francesa Planète Amazone documento com cerca de 350 mil assinaturas contra a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte , que será instalada no Rio Xingu.

As assinaturas foram coletadas na Europa, pela internet – a maior parte delas na França e na Bélgica, segundo os organizadores. O documento foi lançado no ano passado e permanece no site.

De acordo com o representante da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia (Coiab), Marcos Apurinã, que recebeu o documento com as assinaturas, o protesto dos europeus se somará ao dos brasileiros.

"Vamos levar tudo para a presidenta Dilma [Rousseff] em breve", declarou. “É especialmente para ela. Para dizer que os índios brasileiros não estão sozinhos”, afirmou durante a Cúpula dos Povos, evento paralelo à Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20).

“Ela precisa saber que está assinando documentos para a ONU [Organização das Nações Unidas] dizendo que os povos indígenas estão bem, mas não estamos bem. Pelo contrário”, completou em referência ao impacto da obras. Segundo Apurinã, a barragem vai afetar “completamente o modo vida” dos índios.

O representante da ONG francesa, Ildo Tikuna, explicou que a petição foi um pedido expresso do cacique Raoni Kaiapó para divulgar os problemas na Amazônia. “O impacto da barragem é de nível mundial em termos de desmatamento e emissão de gases de efeito estufa”, afirmou.

A entidade também acredita que pode reforçar a mobilização para que a obra seja reavaliada pelo Brasil. “Como o governo federal não está ouvindo nenhuma das etnias, o objetivo da petição é fazer barulho para que os povos sejam atendidos e divulgar isso [a construção de Belo Monte] lá fora”.

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