Muçulmanos acusam Exército de incentivar conflitos no Egito
Irmandade Muçulmana disse que chefe do Exército egípcio incentiva uma guerra civil no país
Da Redação
Publicado em 24 de julho de 2013 às 14h07.
Cairo - A Irmandade Muçulmana acusou nesta quarta-feira o chefe do Exército do Egito, Abdel Fatah al Sisi, de incentivar uma guerra civil no país e denunciou que "os golpistas" são os responsáveis pela violência e pelo terrorismo.
"É um chamado para uma guerra civil que derrama o sangue nas ruas", afirmou o grupo islamita em comunicado, em resposta ao discurso de Sisi, que hoje pediu aos egípcios que manifestem seu apoio as Forças Armadas e a polícia na próxima sexta-feira para acabar com a violência.
O grupo islamita ressaltou que "aqueles que apoiam a legitimidade e rejeitam o golpe de Estado se comprometem firmemente com as manifestações pacíficas".
"Os que exercem a violência e o terrorismo são os dirigentes do golpe de Estado, a polícia, seus franco-atiradores e seus "baltaguiya" (pistoleiros)", acrescentou a nota.
A Irmandade criticou que Sisi, que também é ministro da Defesa, justificou o golpe militar contra o então presidente Mohammed Mursi pelo temor de uma guerra civil.
Em seu texto, a Irmandade Muçulmana chamou Sisi de "traidor" e o responsabilizou por "cada gota de sangue derramada" e por aprofundar a divisão nacional.
Por outro lado, afirmaram sua confiança de que o Exército egípcio "não vai apontar suas armas contra o seu povo e nem vai se transformar em partidário ou sectário".
O comunicado lembrou que desde o golpe militar dezenas de pessoas morreram e centenas foram detidas, enquanto foram feitas "acusações falsas" contra líderes islamitas e foram fechados meios de comunicação ligados aos islâmicos.
Também lamentou o fato de Sisi dar supostamente conselhos a Mursi, mas não "ao outro bando que queria o fracasso do presidente e destruição das instituições democráticas".
"Isso demonstra que a intenção do golpe de Estado existia há muito tempo e foi apoiada pelo Ocidente e pelos países do Golfo", disse o grupo islamita.
Horas antes, o dirigente da Irmandade Muçulmana Esam al Arian afirmou que as ameaças de Sisi não vão impedir que "milhões" de seguidores de Mursi continuem com seus protestos.
Arian assegurou que as concentrações em favor da restituição de Mursi serão "maciças e contínuas", assim como desprezou que muitas pessoas são partidárias do golpe de Estado.
O Egito está dividido entre partidários e opositores de Mursi, que foi deposto pelo Exército após os protestos que pediam eleições presidenciais antecipadas.
Desde 3 de julho, Mursi se encontra detido pelas Forças Armadas em paradeiro desconhecido e as manifestações dos islamitas têm sido frequentes.
Cairo - A Irmandade Muçulmana acusou nesta quarta-feira o chefe do Exército do Egito, Abdel Fatah al Sisi, de incentivar uma guerra civil no país e denunciou que "os golpistas" são os responsáveis pela violência e pelo terrorismo.
"É um chamado para uma guerra civil que derrama o sangue nas ruas", afirmou o grupo islamita em comunicado, em resposta ao discurso de Sisi, que hoje pediu aos egípcios que manifestem seu apoio as Forças Armadas e a polícia na próxima sexta-feira para acabar com a violência.
O grupo islamita ressaltou que "aqueles que apoiam a legitimidade e rejeitam o golpe de Estado se comprometem firmemente com as manifestações pacíficas".
"Os que exercem a violência e o terrorismo são os dirigentes do golpe de Estado, a polícia, seus franco-atiradores e seus "baltaguiya" (pistoleiros)", acrescentou a nota.
A Irmandade criticou que Sisi, que também é ministro da Defesa, justificou o golpe militar contra o então presidente Mohammed Mursi pelo temor de uma guerra civil.
Em seu texto, a Irmandade Muçulmana chamou Sisi de "traidor" e o responsabilizou por "cada gota de sangue derramada" e por aprofundar a divisão nacional.
Por outro lado, afirmaram sua confiança de que o Exército egípcio "não vai apontar suas armas contra o seu povo e nem vai se transformar em partidário ou sectário".
O comunicado lembrou que desde o golpe militar dezenas de pessoas morreram e centenas foram detidas, enquanto foram feitas "acusações falsas" contra líderes islamitas e foram fechados meios de comunicação ligados aos islâmicos.
Também lamentou o fato de Sisi dar supostamente conselhos a Mursi, mas não "ao outro bando que queria o fracasso do presidente e destruição das instituições democráticas".
"Isso demonstra que a intenção do golpe de Estado existia há muito tempo e foi apoiada pelo Ocidente e pelos países do Golfo", disse o grupo islamita.
Horas antes, o dirigente da Irmandade Muçulmana Esam al Arian afirmou que as ameaças de Sisi não vão impedir que "milhões" de seguidores de Mursi continuem com seus protestos.
Arian assegurou que as concentrações em favor da restituição de Mursi serão "maciças e contínuas", assim como desprezou que muitas pessoas são partidárias do golpe de Estado.
O Egito está dividido entre partidários e opositores de Mursi, que foi deposto pelo Exército após os protestos que pediam eleições presidenciais antecipadas.
Desde 3 de julho, Mursi se encontra detido pelas Forças Armadas em paradeiro desconhecido e as manifestações dos islamitas têm sido frequentes.