Redação Exame
Publicado em 15 de abril de 2024 às 16h24.
Última atualização em 15 de abril de 2024 às 17h15.
A cidade de Minneapolis, nos Estados Unidos, decidiu retroceder em sua iniciativa de estabelecer um aumento no pagamento de motoristas de aplicativo. Como consequência, as empresas de apps de transporte Uber e Lyft anunciaram que permanecerão na cidade por mais tempo do que o previsto, uma vez que haviam declarado sua saída do município em razão da mudança legislativa.
Agora, a lei em questão será votada em 1º de julho, em vez de 1º de maio. De acordo com alguns legisladores, o atraso permite que outras empresas do ramo se estabeleçam no mercado antes da saída da Uber e da Lyft.
A norma em discussão determina que empresas de transporte paguem aos motoristas pelo menos US$ 1,4 por milha e US$ 0,51 por minuto — ou US$ 5 por corrida. A lei valeria para toda a cidade de Minneapolis. A ideia é garantir o pagamento da renda mínima de US$ 15,57 (pouco mais de R$ 75) por hora aos trabalhadores de aplicativo. No entanto, um estudo do estado de Minnesota apontou que uma taxa menor, de US$ 0,89 por milha e US$ 0,49 por minuto, seria suficiente para cumprir o requisito.
Segundo representantes da Uber e da Lyft, as empresas poderiam adotar a taxa estipulada pelo estado, mas não aquela estimada pela cidade de Minneapolis. Consequentemente, se esta última for adotada, os aplicativos ameaçaram abandonar a cidade por completo, alegando que o preço se tornaria insustentável para os clientes dos apps.
Em 2016, a Uber e a Lyft deixaram a cidade de Austin, no Texas, após a determinação de medidas de segurança como a checagem de impressões digitais de motoristas. Elas somente retornaram à cidade após uma legislação estatal anular a medida municipal.
Assim, pelo menos por enquanto, a permanência dos apps na cidade de Minneapolis está garantida. Agora, resta esperar pelo começo do mês de julho para saber qual será o resultado da votação que determinará o futuro das empresas em Minneapolis.
Com informações da AP.