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Mortes pela covid nos EUA equivalem a um 11 de Setembro por dia

Estados Unidos batem recorde de óbitos causados pela doença, com mais de 3.000 falecimentos diários; coronavírus mata mais do que o câncer e doenças cardíacas

Mortes diárias por causa do coronavírus batem recorde nos EUA (Caitlin Ochs/Reuters)
CA

Carla Aranha

Publicado em 17 de dezembro de 2020 às 16h37.

Os Estados Unidos bateram um recorde de mortes por covid nesta quarta-feira, dia 16, com mais de 3.600 óbitos pela doença. De acordo com a universidade Johns Hopkins, a média dos últimos sete dias é de mais de 2.590 falecimentos pelo coronavírus.

A taxa de óbito diária já é equivalente a quantidade de pessoas que perderam a vida no 11 de Setembro, quando dois aviões colidiram contra as Torres Gêmeas, em Nova York, em 2001. Na ocasião, mais de 3.000 pessoas morreram.

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Desde o dia 1º de novembro, o coronavírus é a doença que mais mata nos Estados Unidos, à frente do câncer, doenças cardíacas, acidentes de trânsito e problemas crônicos respiratórios.

Segundo um estudo da Universidade de Harvard, é como se houvesse um atentado como o 11 de Setembro a cada 1,2 dia. “Da mesma forma que no atentado, a pandemia pareceu vir do nada e mudou completamente vários aspectos de nossas vidas”, disse Howard Koh, professor do departamento de saúde da universidade.

Os pesquisadores compararam as principais causas de morte nos Estados Unidos entre janeiro e outubro deste ano com o mesmo período de 2018. Os óbitos por coronavírus só perdem para doenças cardíacas e câncer.

“Muitas mortes por coronavírus poderiam ter sido evitadas, caso estratégias eficazes de prevenção tivessem sido adotadas”, afirma Koch.

Os especialistas acreditam que a pandemia poderá diminuir a expectativa de vida nos Estados Unidos. Hoje, o país responde por 19% das mortes mundiais causadas pela covid.

Assim que tomar posse, o presidente Joe Biden pretende instituir o uso mandatório de máscara por 100 dias. Também faz parte dos planos de Biden distribuir 100 milhões de doses da vacina para a população.

Essa semana, a vacina desenvolvida pela Moderna deverá ser registrada nos Estados Unidos. O imunizante da Pfizer já começou a ser aplicado. “Mesmo com as vacinas, precisamos de um plano nacional para conter a doença em 2021”, disse Koch.

 

 

 

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