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Mortes aumentam determinação e haverá vingança, diz Hamas

O braço armado do Hamas prometeu vingar a morte de três de seus comandantes, atingidos por disparos israelenses em Gaza


	Militantes do Hamas durante manifestação: "Israel pagará um alto preço", diz Hamas
 (Ibraheem Abu Mustafa/Reuters)

Militantes do Hamas durante manifestação: "Israel pagará um alto preço", diz Hamas (Ibraheem Abu Mustafa/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 21 de agosto de 2014 às 10h57.

Gaza - As Brigadas Azedim al-Qassam, braço armado do Hamas, prometeram nesta quinta-feira vingar a morte de três de seus comandantes, atingidos nesta madrugada por disparos da aviação de guerra israelense contra um edifício da cidade de Rafah, no sul de Gaza.

Em um comunicado divulgado na internet, a milícia palestina disse que Israel "pagará um enorme preço pelo assassinato" de Muhamad Abu Shamala, Raed al-Attar, Mohamad Barhum e outras cinco pessoas.

"Israel pagará um alto preço (por esta ação) e pelos crimes que perpetra contra o povo palestino. O único que causa este tipo de ação é fortalecer nossa determinação de seguir lutando", afirmou a organização.

A ação foi confirmada nesta manhã pelo exército israelense e comemorada pelo primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, que parabenizou o serviço secreto (Shin Bet) e as Forças Armadas.

O chefe de governo disse que a ofensiva contra o território prosseguirá "até que Israel alcance seus objetivos de segurança". A operação já deixou cerca de 2.050 palestinos mortos, a maioria civis.

"A extraordinária informação de inteligência do Shin Bet, ao lado da ação das Forças Armadas, nos permitiu realizar esta operação para golpear os líderes do Hamas que planejavam ataques contra cidadãos israelenses", afirmou.

Os três comandantes morreram após a aviação de guerra israelense disparar cinco mísseis sobre uma casa na cidade de Rafah, vizinha à fronteira com o Egito, na qual os líderes do Hamas descansavam, segundo testemunhas contaram à Agência Efe.

Muhamad Abu Shamala e Raed al-Attar eram alvos prioritários de Israel, especialmente o primeiro, que de acordo com o serviço de inteligência participou da captura em 2006 do soldado israelense Gilad Shalit.

Shalit permaneceu cinco anos em poder das milícias palestinas, até ser libertado em uma troca com prisioneiros, alguns dos quais Israel voltou a deter em junho.

O exército israelense confirmou horas depois a morte no mesmo ataque de Mohmad Barhoum, considerado um dos responsáveis pela logística e entrada de armas na Faixa de Gaza, assim como arrecadar fundos na Síria.

O bombardeio matou ainda cinco civis e deixou pelo menos quarenta pessoas feridas.

Além disso, outros três palestinos morreram durante os novos bombardeios contra a Faixa de Gaza, que ontem tiveram como objetivo frustrado o principal líder militar do movimento, Mohamad al Deif.

Desde que o quarto cessar-fogo durante a ofensiva foi rompido na terça-feira, 51 palestinos, a maioria civis, morreram em ataques das Forças Armadas israelenses.

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