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Morte de chefe do Hamas é 'flagrante desrespeito' à integridade territorial do Irã, diz Itamaraty

Em nota, governo brasileiro condena assassinato e volta a defender o cessar-fogo em conflito entre Israel e o grupo palestino

Ismail Haniyeh, hefe do Escritório Político do Hamas  (AFP)

Ismail Haniyeh, hefe do Escritório Político do Hamas (AFP)

Agência o Globo
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Publicado em 31 de julho de 2024 às 16h38.

Última atualização em 31 de julho de 2024 às 16h58.

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O Itamaraty divulgou uma nota, nesta quarta-feira, em que condena "veementemente" o assassinato de Ismail Haniyeh, chefe do Escritório Político do Hamas. A morte de Haniyeh ocorreu na terça-feira, em Teerã, e tanto o grupo palestino como o governo do Irã culpam Israel pelo ataque.

Para o governo brasileiro, o ataque a Haniyeh, ocorrido no Irã, desrespeita a integridade territorial do país. O texto também destaca que crimes sem motivação pioram a situação no Oriente Médio.

"O Brasil repudia o flagrante desrespeito à soberania e à integridade territorial do Irã, em clara violação aos princípios da Carta das Nações Unidas, e reafirma que atos de violência, sob qualquer motivação, não contribuem para a busca por estabilidade e paz duradouras no Oriente Médio", diz um trecho da nota.

Segundo o Itamaraty, tais atos dificultam ainda mais as chances de solução política para o conflito em Gaza, ao impactarem negativamente as conversações que vinham ocorrendo para um cessar-fogo e a libertação dos reféns. Israel e o grupo palestino Hamas estão em conflito desde outubro do ano passado.

O Brasil reitera, no comunicado, o apelo a todos os atores para que exerçam "máxima contenção". A ideia é impedir que a região entre em conflito de grandes proporções e consequências imprevisíveis, às custas de vidas civis e inocentes.

O governo brasileiro também pede à comunidade internacional um esforço para promover o diálogo e conter o agravamento das hostilidades. O caminho para interromper a grave escalada de tensões no Oriente Médio, diz a nota, é implementar cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza, em cumprimento a uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Haniyeh estava na posse do novo presidente do Irã, Masud Pezeshkian. Durante a solenidade, o braço político do Hamas estava sentado perto do vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin. Procurada, a assessoria do vice-presidente disse que Alckmin não dará declarações e se encontra em processo de deslocamento para o Brasil

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