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Morte de Chávez desafia produção de petróleo da China

As importações chinesas de petróleo da Venezuela caíram 37,25% em janeiro na comparação com o ano anterior, uma média de 218 mil barris por dia


	Agência aponta que a indústria venezuelana de petróleo "encara desafios enormes"
 (Getty Images)

Agência aponta que a indústria venezuelana de petróleo "encara desafios enormes" (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 13 de março de 2013 às 09h33.

Pequim - A morte do ex-presidente venezuelano Hugo Chávez pode trazer desafios para China, que já luta para produzir e importar petróleo do país latino-americano, apesar de ter firmado acordos em troca de empréstimos por petróleo ao longo dos últimos anos, disse nesta quarta-feira a Agência Internacional de Energia (AIE).

De acordo com relatório mensal da AIE, a China Nacional Petroleum Corp. (CNPC), a principal produtora em volume do país asiático, deve começar a operar em 2013 um campo capaz de produzir 400 mil barris por dia, na base de Orinoco, na Venezuela.

Contudo, o projeto deve ser "extremamente lento devido às restrições financeiras e operacionais".

A agência aponta que a indústria venezuelana de petróleo "encara desafios enormes, desde o subinvestimento da PDVSA e a infraestrutura decadente até uma política de petróleo que faz com que parceiros estrangeiros fiquem no aguardo de uma reorganização séria", disse AIE.

"Acordos de troca de empréstimos por petróleo, firmados entre a China e a Venezuela, caíram como uma bênção para os cofres de Chávez inicialmente, mas o acordo bilateral se mostrou difícil e decepcionante para Pequim", complementou o órgão.

O volume e a qualidade do petróleo da Venezuela têm sido "erráticos" e "a maior causa de preocupação" para o governo chinês, disse a AIE. "É improvável que a China faça outro acordo desses no curto prazo."

As importações chinesas de petróleo da Venezuela caíram 37,25% em janeiro na comparação com o ano anterior, uma média de 218 mil barris por dia, de acordo com dados alfandegários.

Em 2012, a Venezuela era o sétimo maior exportador de petróleo, com 15,3 milhões de toneladas embarcadas, quase um terço a mais do que em 2011. As informações são da Dow Jones.

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