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Morrem 13 pessoas em ataque a hotel de Cabul

Entre as vítimas estão duas crianças, três mulheres e vários estrangeiros

Policiais afegãos bloqueiam uma rua próxima ao perímetro de segurança estabelecido ao redor do hotel Serena, em Cabul: os quatro insurgentes que cometeram o atentado foram mortos (Shah Marai/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de março de 2014 às 06h50.

Cabul - Um ataque contra o Hotel Serena de Cabul, considerado um dos mais seguros da capital do Afeganistão e bastante frequentado por cidadãos de outros países, causou a morte de 13 pessoas, entre elas duas crianças, três mulheres e vários estrangeiros, informou nesta sexta-feira à Agência Efe uma fonte oficial.

Entre os mortos no ataque terrorista cometido na quinta-feira pela noite se encontram quatro estrangeiros -entre eles duas mulheres- de Nova Zelândia, Canadá, Paquistão e Índia, explicou o porta-voz do Ministério do Interior afegão, Sediq Sediqi, em entrevista coletiva nesta manhã.

Outros quatro civis ficaram feridos, enquanto as forças de segurança mataram os quatro insurgentes que cometeram o atentado.

O ataque ao hotel, situado no centro de Cabul e próximo ao Palácio Presidencial, começou ontem, quinta-feira, por volta das 21h locais (13h30 de Brasília) e terminou duas horas e meia depois, após uma intensa troca de tiros.

Sediqi detalhou que os insurgentes se vestiam como civis e que em torno das 18h (10h30 de Brasília) conseguiram entrar no hotel "com pequenas armas escondidas em suas meias", após convencerem os guardas de segurança afirmando que jantariam no local.

De acordo com o porta-voz, as forças de segurança mataram dois dos insurgentes no restaurante do hotel, um terceiro em um banheiro e o quarto nos arredores do edifício.

Um porta-voz dos talibãs, Zabiullah Mujahid, reivindicou o ataque, e garantiu para a Efe, em uma versão diferente da de Sediqi, que alguns insurgentes suicidas tinham conseguido entrar no hotel "por uma porta traseira".

O país asiático comemorava ontem a chegada do Ano Novo afegão 1393.


Nos últimos meses, aumentaram os ataques contra ONGs, instituições ocidentais e lugares frequentados por cidadãos de outros países.

O jornalista anglo-sueco Nils Horner foi assassinado a tiros no dia 11 de março no centro de Cabul enquanto fazia entrevistas.

Em meados de janeiro, 21 pessoas, entre elas 13 estrangeiros, morreram em um atentado contra um restaurante frequentado por ocidentais no centro de Cabul, um dos ataques com maior número de vítimas de outros países.

Este não é o primeiro grande ataque contra o emblemático hotel de Cabul.

Em 2008, oito pessoas morreram em um ataque contra o hotel, entre elas três americanos, um francês e um norueguês.

Em 18 de janeiro de 2010, o Serena sofreu um novo ataque que causou a morte de 12 pessoas, entre elas sete terroristas.

O conflito afegão se encontra em um de seus momentos mais violentos desde a invasão dos Estados Unidos, que propiciou a queda do regime talibã há 12 anos.

A realização de eleições presidenciais no Afeganistão no dia 5 de abril intensificou as ações talibãs durante as últimas semanas.

Este ano é o último com presença de tropas da Otan no Afeganistão, de acordo com um calendário de retirada gradual que será concluído em dezembro, quando as forças locais assumirão a segurança em todo o território do país.

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Cabul - Um ataque contra o Hotel Serena de Cabul, considerado um dos mais seguros da capital do Afeganistão e bastante frequentado por cidadãos de outros países, causou a morte de 13 pessoas, entre elas duas crianças, três mulheres e vários estrangeiros, informou nesta sexta-feira à Agência Efe uma fonte oficial.

Entre os mortos no ataque terrorista cometido na quinta-feira pela noite se encontram quatro estrangeiros -entre eles duas mulheres- de Nova Zelândia, Canadá, Paquistão e Índia, explicou o porta-voz do Ministério do Interior afegão, Sediq Sediqi, em entrevista coletiva nesta manhã.

Outros quatro civis ficaram feridos, enquanto as forças de segurança mataram os quatro insurgentes que cometeram o atentado.

O ataque ao hotel, situado no centro de Cabul e próximo ao Palácio Presidencial, começou ontem, quinta-feira, por volta das 21h locais (13h30 de Brasília) e terminou duas horas e meia depois, após uma intensa troca de tiros.

Sediqi detalhou que os insurgentes se vestiam como civis e que em torno das 18h (10h30 de Brasília) conseguiram entrar no hotel "com pequenas armas escondidas em suas meias", após convencerem os guardas de segurança afirmando que jantariam no local.

De acordo com o porta-voz, as forças de segurança mataram dois dos insurgentes no restaurante do hotel, um terceiro em um banheiro e o quarto nos arredores do edifício.

Um porta-voz dos talibãs, Zabiullah Mujahid, reivindicou o ataque, e garantiu para a Efe, em uma versão diferente da de Sediqi, que alguns insurgentes suicidas tinham conseguido entrar no hotel "por uma porta traseira".

O país asiático comemorava ontem a chegada do Ano Novo afegão 1393.


Nos últimos meses, aumentaram os ataques contra ONGs, instituições ocidentais e lugares frequentados por cidadãos de outros países.

O jornalista anglo-sueco Nils Horner foi assassinado a tiros no dia 11 de março no centro de Cabul enquanto fazia entrevistas.

Em meados de janeiro, 21 pessoas, entre elas 13 estrangeiros, morreram em um atentado contra um restaurante frequentado por ocidentais no centro de Cabul, um dos ataques com maior número de vítimas de outros países.

Este não é o primeiro grande ataque contra o emblemático hotel de Cabul.

Em 2008, oito pessoas morreram em um ataque contra o hotel, entre elas três americanos, um francês e um norueguês.

Em 18 de janeiro de 2010, o Serena sofreu um novo ataque que causou a morte de 12 pessoas, entre elas sete terroristas.

O conflito afegão se encontra em um de seus momentos mais violentos desde a invasão dos Estados Unidos, que propiciou a queda do regime talibã há 12 anos.

A realização de eleições presidenciais no Afeganistão no dia 5 de abril intensificou as ações talibãs durante as últimas semanas.

Este ano é o último com presença de tropas da Otan no Afeganistão, de acordo com um calendário de retirada gradual que será concluído em dezembro, quando as forças locais assumirão a segurança em todo o território do país.

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