Agência de Notícias
Publicado em 16 de dezembro de 2024 às 11h46.
O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, disse esta segunda-feira, 16, que o possível acordo sobre um cessar-fogo e libertação de reféns com o Hamas em Gaza está “mais próximo do que nunca”, em declarações divulgadas pelos meios de comunicação do país, durante um painel a portas fechadas no Knesset (Parlamento).
Segundo meios de comunicação como Haaretz e Ynet, o ministro disse hoje aos legisladores do Comitê de Defesa e Negócios Estrangeiros do Knesset que Israel está "mais perto do que nunca de chegar a outro acordo" para libertar os reféns, e que é melhor "falar como o mínimo possível" sobre o assunto.
A EFE questionou um porta-voz de seu gabinete sobre as declarações, mas não obteve resposta.
De acordo com os vazamentos, o ministro detalhou que o possível acordo seria realizado em etapas, e disse ter certeza de que a maioria dos legisladores israelenses o apoiariam.
Quase ao mesmo tempo que as suas declarações foram divulgadas, os juízes decidiram aceitar o pedido do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu para cancelar a quarta sessão do seu julgamento por corrupção, que estava marcada para amanhã, terça-feira, devido a “circunstâncias especiais”.
Esta segunda-feira, o jornal de língua árabe Asharq al Awsat também publicou que, segundo um alto responsável do Hamas, o acordo está mais próximo do que nunca, e que tanto o grupo islâmico como a Jihad Islâmica Palestiniana (que participou ao lado do Hamas nos ataques de outubro e tem vários reféns em sua posse) suavizaram as suas posições.
Em mais de um ano de guerra, Hamas e Israel só chegaram a um acordo sobre um cessar-fogo e libertação de reféns, em novembro do ano passado, o que serviu para libertar 105 dos 251 raptados em 7 de outubro em troca de 240 prisioneiros palestinianos em Israel.
Desde então, as negociações para alcançar uma nova trégua têm sido em vão, e alguns antigos membros do Governo israelita, como o político da oposição Benny Gantz ou o antigo Ministro da Defesa, Yoav Gallant (demitido no início de novembro), acusaram Netanyahu de impedir o acordo por razões políticas.
No entanto, o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, disse há poucos dias que o presidente “está pronto” para chegar a um acordo.
Durante visita a Israel, Sullivan disse que Netanyahu não parece estar à espera do regresso de Donald Trump à Casa Branca (ele tomará posse em 20 de janeiro) para assinar o acordo com o Hamas, e que os Estados Unidos, um dos principais mediadores, pretende fechar o pacto antes do final do mês.