Militantes islâmicos destroem estátuas de artistas no Iraque
Símbolos destruídos foram de Mousuli, um músico e compositor iraquiano do século 19, e de Abu Tammam, um poeta árabe da era abássida
Da Redação
Publicado em 22 de junho de 2014 às 11h47.
São Paulo - Militantes islâmicos sunitas que se apoderaram de porções do norte do Iraque na semana passada destruíram símbolos da herança cultural do país na cidade de Mossul - Mousuli, um músico e compositor iraquiano do século 19, e de Abu Tammam, um poeta árabe da era abássida.
O túmulo de Ibn al-Athir, um filósofo árabe que viajava com o exército do sultão guerreiro Saladino no século 12, foi profanado depois que o EIIL tomou a cidade. Testemunhas disseram que a cúpula do santuário ficou destroçada e um parque ao redor foi também destruído.
O EIIL e outros militantes, cuja estrita interpretação salafista do Islã considera a veneração dos túmulos uma idolatria proibida pela religião, destruíram vários túmulos e mesquitas no interior da Síria e, agora, no vizinho Iraque, onde eles ocuparam vilas e cidades.
Os militantes também roubaram cerca de 250 cavalos da casa do governador de Mosul e assumiram o controle de silos de cereais, segundo testemunhas. Elas disseram que alguns dos cavalos que estavam doentes demais para serem levados foram mortos.
A televisão estatal, dirigida pelo governo iraquiano, que luta contra o EIIL, informou que os militantes impuseram um imposto sobre os cristãos que ainda vivem na cidade. A Reuters não pôde confirmar de forma independente a informação. A maioria dos cristãos de Mosul fugiu da cidade.