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Milhares protestam na Alemanha contra a austeridade

A maior destas manifestações ocorreu em Frankfurt, onde mais de 5.000 pessoas se reuniram no centro da cidade antes de iniciar uma marcha em direção ao BCE

Polícia alemã monta guarda na entrada do Banco Central Europeu (Sean Gallup/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 1 de junho de 2013 às 12h14.

Milhares de pessoas saíram neste sábado às ruas da cidade alemã de Frankfurt para protestar contra as políticas de austeridade aplicadas na Europa , em resposta a uma convocação do grupo Blockupy, constatou um jornalista da AFP.

A maior destas manifestações ocorreu em Frankfurt, onde mais de 5.000 pessoas - segundo uma estimativa da polícia - se reuniram no centro da cidade antes de iniciar uma marcha em direção à sede do BCE, entidade que completa neste sábado 15 anos de sua criação.

Sindicatos e organizações de esquerda (como Verdi, IG Metall, o partido Die Linke, Attac, entre outros), dão, desta forma, continuidade a outra manifestação organizada na sexta-feira e que reuniu cerca de 2.000 pessoas em protesto contra a especulação agrícola.

"Devemos dizer claramente que a política do banco central europeu e da troica, submetidas à influência capital do governo federal, não é a solução", disse à AFP o porta-voz do Blockupy, Roland Suss.

"Pertenço à geração do 'baby boom' e tivemos uma vida relativamente boa. Mas agora estamos lutando por nossa própria sobrevivência", disse à AFP Marica Frangakis, de 62 anos, uma manifestante grega que participa do grupo Attac.

Na Grécia, acrescentou Frangakis, "as pessoas estão desesperadas por uma crise de cinco anos" e, por isso, faz "bem ver pessoas (na Alemanha) que também se sentem envolvidas pela crise".

"Estou feliz de ver as pessoas juntas para expressar sua solidariedade", afirmou. "Precisamos de mais solidariedade. O capital está unido e forte, no entanto mais e mais vozes se expressam na Europa em nome da esquerda", disse Frangakis.

Ao meio-dia, a polícia alemã havia reforçado a vigilância ao redor do protesto. Os agentes policiais abordaram os manifestantes que usavam máscaras para que as retirassem e participassem do protesto com o rosto descoberto.

Já em Lisboa, Portugal, uma manifestação contra as políticas de austeridade estava prevista em frente à representação local do Fundo Monetário Internacional (FMI), no centro da cidade, para protestar contra as pressões impostas pelos credores internacionais ao país.

"Desta vez não será apenas Portugal que vai se manifestar, mas também as pessoas de toda a Europa que desejam protestar contra a receita da austeridade", afirmou um comunicado do movimento apolítico "Que se lixe a troica", principal impulsionador das manifestações.

Muitos grupos ativistas e de militância cidadã anunciaram sua adesão ao protesto, inclusive o grupo de "Indignados" portugueses "15 de Outubro", que já organizou diversas ações públicas de protesto contra as medidas de austeridade.

Assim como em Lisboa, outras 17 cidades portuguesas prepararam manifestações para este fim de semana.

Ao mesmo tempo, em Madri, na Espanha, grupos de esquerda e ativistas anticapitalistas convocaram uma manifestação em frente à Praça de Netuno, próxima ao Parlamento, local de muitas concentrações de protesto nos últimos meses.

Na capital madrilenha a manifestação se propõe a percorrer a avenida que passa em frente à bolsa de Valores, ao Banco Central espanhol e ao escritório da Comissão Europeia.

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Milhares de pessoas saíram neste sábado às ruas da cidade alemã de Frankfurt para protestar contra as políticas de austeridade aplicadas na Europa , em resposta a uma convocação do grupo Blockupy, constatou um jornalista da AFP.

A maior destas manifestações ocorreu em Frankfurt, onde mais de 5.000 pessoas - segundo uma estimativa da polícia - se reuniram no centro da cidade antes de iniciar uma marcha em direção à sede do BCE, entidade que completa neste sábado 15 anos de sua criação.

Sindicatos e organizações de esquerda (como Verdi, IG Metall, o partido Die Linke, Attac, entre outros), dão, desta forma, continuidade a outra manifestação organizada na sexta-feira e que reuniu cerca de 2.000 pessoas em protesto contra a especulação agrícola.

"Devemos dizer claramente que a política do banco central europeu e da troica, submetidas à influência capital do governo federal, não é a solução", disse à AFP o porta-voz do Blockupy, Roland Suss.

"Pertenço à geração do 'baby boom' e tivemos uma vida relativamente boa. Mas agora estamos lutando por nossa própria sobrevivência", disse à AFP Marica Frangakis, de 62 anos, uma manifestante grega que participa do grupo Attac.

Na Grécia, acrescentou Frangakis, "as pessoas estão desesperadas por uma crise de cinco anos" e, por isso, faz "bem ver pessoas (na Alemanha) que também se sentem envolvidas pela crise".

"Estou feliz de ver as pessoas juntas para expressar sua solidariedade", afirmou. "Precisamos de mais solidariedade. O capital está unido e forte, no entanto mais e mais vozes se expressam na Europa em nome da esquerda", disse Frangakis.

Ao meio-dia, a polícia alemã havia reforçado a vigilância ao redor do protesto. Os agentes policiais abordaram os manifestantes que usavam máscaras para que as retirassem e participassem do protesto com o rosto descoberto.

Já em Lisboa, Portugal, uma manifestação contra as políticas de austeridade estava prevista em frente à representação local do Fundo Monetário Internacional (FMI), no centro da cidade, para protestar contra as pressões impostas pelos credores internacionais ao país.

"Desta vez não será apenas Portugal que vai se manifestar, mas também as pessoas de toda a Europa que desejam protestar contra a receita da austeridade", afirmou um comunicado do movimento apolítico "Que se lixe a troica", principal impulsionador das manifestações.

Muitos grupos ativistas e de militância cidadã anunciaram sua adesão ao protesto, inclusive o grupo de "Indignados" portugueses "15 de Outubro", que já organizou diversas ações públicas de protesto contra as medidas de austeridade.

Assim como em Lisboa, outras 17 cidades portuguesas prepararam manifestações para este fim de semana.

Ao mesmo tempo, em Madri, na Espanha, grupos de esquerda e ativistas anticapitalistas convocaram uma manifestação em frente à Praça de Netuno, próxima ao Parlamento, local de muitas concentrações de protesto nos últimos meses.

Na capital madrilenha a manifestação se propõe a percorrer a avenida que passa em frente à bolsa de Valores, ao Banco Central espanhol e ao escritório da Comissão Europeia.

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