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México pede apoio para resgate; 5 corpos foram retirados

Governo mexicano solicitou apoio técnico a especialistas chilenos para o resgate de trabalhadores que ficaram presos após explosão em mina de carvão no norte do país

Nove trabalhadores ainda permanecem presos dentro da mina, dos quais não há sinais de vida e "se espera o pior", afirmou o secretário de Trabalho (Esparta Palma/Wikimedia Commons)

Nove trabalhadores ainda permanecem presos dentro da mina, dos quais não há sinais de vida e "se espera o pior", afirmou o secretário de Trabalho (Esparta Palma/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 4 de maio de 2011 às 12h09.

México - O Governo mexicano solicitou apoio técnico a especialistas chilenos para o resgate de um grupo de trabalhadores que ficou preso após uma explosão em uma pequena mina de carvão no norte do México, da qual já foram retirados cinco corpos, informou nesta quarta-feira o secretário de Trabalho, Javier Lozano.

"No transcurso da manhã devem chegar especialistas chilenos, já que através da Chancelaria contatamos o governo do país para que nos deem seu ponto de vista, sua assessoria e sua assistência neste caso", declarou Lozano em entrevista ao canal "Televisa".

Da mina, localizada no município de Sabinas, no estado de Coahuila, já foram resgatados cinco corpos a cerca de 60 metros da entrada da pequena jazida.

Um menor que operava o equipamento pelo qual os mineiros sobem e descem da jazida, identificado como Luis Fernando Lara Ruiz, ficou gravemente ferido e teve ambos os braços amputados.

Nas últimas horas foram encontrados os corpos de Juan Carlos Escobedo Chávez, de 36 anos, e de Julio César Reséndiz Domínguez, de 28 anos, que se somam aos de Mario Alberto Anguiano Montes, Leobardo Sánchez Santos e Isaias Valero Pérez.

No entanto, nove trabalhadores ainda permanecem presos dentro da mina, dos quais não há sinais de vida e "se espera o pior", afirmou Lozano.

O secretário revelou que disse aos familiares dos mineiros que não quer "gerar nenhuma falsa expectativa de sobrevivência porque as condições não permitem que se tenha essa esperança".

Lozano afirmou que a mina tinha apenas 18 dias de operações, mas seus proprietários não haviam comunicado às autoridades de sua existência.

"Há um vazio legal e uma grande desordem", afirmou Lozano, e explicou que, conforme as leis mexicanas, a Secretaria do Trabalho do México não pode fechar um centro de trabalho, mesmo que o risco para seus funcionários seja iminente, até que não sejam realizadas pelo menos três verificações posteriores.

Lozano assinalou que "deve haver" um processo penal contra os proprietários e "todo tipo de sanções" devem ser aplicadas, visto que há "uma negligência criminosa", e afirmou que seu ministério tem apenas 19 inspetores de trabalho na região, que realizaram mais de 4.779 inspeções em Coahuila.

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