Metrô e táxis entram em greve em Madri
Os maquinistas reivindicam reconhecimento como categoria profissional, enquanto os taxistas exigem restrições a serviços de transporte como Uber e Cabify
AFP
Publicado em 28 de junho de 2017 às 09h08.
Os maquinistas do metrô e os taxistas em Madri convocaram uma greve a partir desta quarta-feira (28), fazendo antever o caos em uma capital espanhola lotada de visitantes pelo WorldPride, a festa do orgulho gay.
A greve do metrô começa nesta quarta às 13h locais (8h, horário de Brasília), antes do lançamento oficial às 20h, no centro de Madri, das celebrações do maior evento mundial de reivindicação dos direitos de lésbicas, gays, bissexuais e trans (LGBT).
Os maquinistas reivindicam o reconhecimento de seu trabalho como categoria profissional por parte da Seguridade Social para poderem registrar as doenças próprias de seu ofício.
A greve deve durar até o fim de semana, quando acontece o grande desfile do WorldPride, com a presença esperada de cerca de 1 milhão de pessoas.
Em nota, a Comunidade de Madri informou que será garantido um serviço mínimo que permitirá a circulação "de 64% a 75%" dos trens, em particular no sábado.
O sindicato de taxistas Madrid Gremial convocou seus membros a uma greve entre quinta e sexta-feiras para exigir das autoridades restrições aos serviços de veículos de transporte com motorista (VTC, na sigla em espanhol), como Uber, ou Cabify.
Os taxistas estão particularmente incomodados com o fato de a Uber ser um dos patrocinadores do WorldPride, evento subvencionado pela prefeitura de Madri.
A prefeitura estima que mais de dois milhões de pessoas participem das atividades do WorldPride, de 23 de junho a 2 de julho. Esta é a 5ª edição do evento. A última foi em 2014, em Toronto.