Merkel visita local do atentado contra feira de Natal em Berlim
A chanceler garantiu que a autoria do atentado será esclarecida e que seus responsáveis serão punidos de acordo com as leis do país
EFE
Publicado em 20 de dezembro de 2016 às 14h03.
Berlim - A chanceler da Alemanha , Angela Merkel, compareceu nesta terça-feira ao local do mercado de Natal em Berlim, que ontem foi cenário de um atentado terrorista no qual 12 pessoas morreram e cerca de 50 ficaram feridas, quando um caminhão de grande porte avançou sobre as pessoas.
A chefe de governo, acompanhada por seus ministros do interior, Thomas de Maizière, e de Relações Exteriores, Franz-Walter Steinmeier, além do prefeito-governador de Berlim, Michael Müller, depositou flores junto à igreja Gedächtniskirche, que fica ao lado do mercado e foi o local escolhido espontaneamente pelos cidadãos para deixar mensagens de solidariedade.
Merkel assinou o livro de condolências aberto no centro religioso - que se mantém em ruínas em memória aos horrores da Segunda Guerra Mundial - algumas horas antes.
Müller foi o primeiro a escrever no livro, no qual lembrou as vítimas do ataque, e foi seguido por muitos representantes de governo e do parlamento da cidade-estado de Berlim.
Depois, uma fila começou a ser formada no interior da igreja, com pessoas de diversas nacionalidades, que também queriam deixar registrados seus sentimentos após o atentado.
Em pelo menos dois pontos próximos da igreja, os cidadãos começaram a deixar flores, velas e mensagens em lembrança das vítimas de forma espontânea.
Em outros pontos da cidade também foram feitas homenagens às vítimas do atentado, como na Portão de Brandemburgo.
Em um comparecimento anterior, Merkel se disse comovida, triste e indignada com o ocorrido e acrescentou que, se for confirmado que o ataque foi cometido por alguém "que chegou ao país em busca de refúgio", isto seria "especialmente repugnante".
A chanceler garantiu que a autoria do atentado será esclarecida e que seus responsáveis serão punidos de acordo com as leis do país. Além disso, Merkel disse que os cidadãos alemães não devem viver "paralisados pelo medo diante do mal".
A própria polícia admitiu que existem dúvidas em relação ao homem que foi detido ontem como suposto motorista do caminhão, um refugiado paquistanês, de que ele provavelmente não tinha ligação com o ataque.
O procurador federal alemão, Peter Frank, explicou que tudo indica que a ação contra o mercado é um "atentado com cenário terrorista" cometido por uma pessoa ou um grupo do qual, provavelmente, o único detido não faz parte.
"É preciso ir assimilando a ideia" de que o detido ontem à noite não era "talvez" a pessoa que jogou o caminhão contra a multidão, explicou Frank.
As medidas de segurança e a presença policial foram reforçadas em todo o país, especialmente nos mercados natalinos, que ficaram fechados hoje em Berlim em sinal de respeito pelas vítimas.