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Merkel chama Rússia de parceira, pede cooperação global

Merkel defendeu os planos para um novo gasoduto da Rússia para a Alemanha, que Donald Trump criticou

Merkel: a chanceler apelou para a cooperação global em várias questões (Vincent Kessler/Reuters)

Merkel: a chanceler apelou para a cooperação global em várias questões (Vincent Kessler/Reuters)

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Reuters

Publicado em 16 de fevereiro de 2019 às 11h50.

Munique - A chanceler alemã Angela Merkel defendeu fortemente as relações de comércio exterior entre a Alemanha e a Rússia neste sábado, pedindo que os líderes globais reunidos em Munique trabalhem juntos para enfrentar problemas internacionais.

Falando a um público que incluía Ivanka Trump, filha do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Merkel defendeu os planos para um novo gasoduto da Rússia para a Alemanha, que ele criticou.

Trump acusou a Alemanha de ser "cativa" da Rússia devido à sua dependência da energia russa, mas Merkel rebateu: "Se durante a Guerra Fria… nós importamos grandes quantidades de gás russo, eu não sei porque seria pior dizer hoje que a Rússia permanece uma parceira."

"Queremos tornar a Rússia dependente apenas da China?" ela perguntou. "Esse é o nosso interesse europeu? Eu não acho."

Durante uma sessão de perguntas e respostas, ela acrescentou que seria errado excluir a Rússia politicamente.

Trump também frequentemente critica o grande superávit que a Alemanha, maior economia da Europa, tem com os Estados Unidos e ameaçou tarifar os carros alemães.

"Temos orgulho de nossos carros e deveríamos ter", disse Merkel, acrescentando, no entanto, que muitos foram montados nos Estados Unidos e exportados para a China.

Merkel apelou para a cooperação global em várias questões, desde lidar com o Irã até evitar outra crise migratória.

Ela questionou se a decisão dos EUA de deixar o acordo nuclear com o Irã e de se retirar da Síria foi a melhor forma de combater Teerã na região.

"A única questão é como nós atingimos nosso objetivo mútuo… Nós faremos isso rompendo nosso acordo ou usando a pequena vantagem que nós temos (através do acordo nuclear)?", perguntou.

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