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Membros da Fundação Kadafi renunciam, entre eles premiê grego

Entidade é dirigida pelo filho do líder líbio, Saif, que prometeu transformar as ruas do país em "rios de sangue", caso os oposicionistas tentassem derrubar seu pai

Saif Kadafi, filho do líder líbia: fundação para desenvolvimento e caridade foi criada em 2009 (Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2011 às 08h31.

Londres - Vários membros da Fundação Internacional Kadafi para o Desenvolvimento e Caridade, radicada na capital britânica, entre eles o primeiro-ministro grego, Giorgos Papandreou, apresentaram sua renúncia, informa nesta quinta-feira o jornal "The Times".

Mais da metade dos membros da entidade, dirigida por Saif al-Islam, segundo filho do líder líbio, decidiram renunciar depois que este advertisse no domingo pela televisão que as ruas da Líbia se transformariam em "rios de sangue" se os inimigos de seu pai tentassem derrotá-lo.

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O chefe do Governo grego, Giorgos Papandreou, anunciou na quarta-feira que não continuaria fazendo parte da instituição.

Papandreou reuniu-se em junho com o coronel Kadafi na Líbia, onde assinou um memorando de entendimento sobre energia, construção civil e turismo, como parte dos esforços para resolver a crise financeira grega.

Benjamin Barber, teórico político do centro de estudos Demos, também comunicou sua renúncia após protestar "pela repressão dos protestos com meios cruéis".

O peruano Hernando de Soto, economista e presidente do Instituto para a Liberdade e a Democracia, desse país andino, escreveu igualmente uma carta de renúncia.

"Não é o homem que acreditávamos apoiava as reformas constitucionais", disse de Soto referindo-se ao filho de Kadafi.

Também a Organização Educativa, Científica e Cultural Islâmica informou não ter intenção de cooperar mais com a fundação.

O segundo filho do líder líbio criou a fundação em 2009, após completar seu doutorado em governança global na London School of Economics, centro que também se distanciou dele.

Saif al Islam Kadafi deixou em dezembro a Presidência dessa organização, embora conservou o título de caráter honorífico, depois que alguns membros do patronato expressassem sua inquietação pelo possível conflito entre as atividades políticas dele e os objetivos da fundação.

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