Projeto do Sunqiao Urban Agricultural District. (Pudong Agriculture Development Group/Divulgação)
Vanessa Barbosa
Publicado em 23 de abril de 2017 às 08h07.
Última atualização em 23 de abril de 2017 às 16h58.
São Paulo - À medida que as cidades se expandem, crescem também os desafios associados à produção de alimentos de forma mais sustentável, principalmente no sentido de reduzir a distância entre o campo e a cidade.
Atento ao desafio, o escritório de arquitetura internacional Sunqiao desenvolveu o projeto de uma imensa fazenda urbana capaz de reinventar a paisagem cinzenta de Xangai, a maior cidade da China.
O layout da fazenda urbana é bem eclético, contemplando diferentes tipos de "plataformas de cultivo" em edifícios separados que incluem fazendas de algas, paredes verticais, estufas flutuantes e bibliotecas de sementes. Toda a plantação será cultivada com a ajuda de sistemas hidropônicos e aquapônicos.
Na selva de concreto e aço que é Xangai, o projeto deverá ocupar uma área de um quilômetro quadrado, adicionando uma lufada de ar fresco para a cidade.
Além de ajudar a suprir a demanda por alimento de 24 milhões de pessoas, a fazenda também funcionará como um laboratório agrícola, com centros de inovação e educação para a sustentabilidade, como o museu agrícola.
O centro também vai receber eventos e workshops destinados a promover a sensibilização das crianças para as diversas técnicas de cultivo.
"Esta abordagem apoia ativamente uma rede de alimentação mais sustentável, aumentando a qualidade de vida na cidade através de um programa comunitário de restaurantes, mercados, uma academia culinária, onde cada pessoa possa escolher a sua própria experiência", explicou Sasaki.
"À medida que as cidades continuam se expandindo, devemos continuar a desafiar a dicotomia entre o que é urbano e o rural", acrescentou.
Embora não esteja claro quando o projeto será implementado, a firma de arquitetura foi oficialmente selecionada como planejadora principal da empreitada verde pela cidade de Xangai. O projeto inovador também foi nomeado finalista no concurso de ideias transformadoras da revista Fast Company.