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Sou vencedora desta eleição, diz candidata derrotada em Belarus

Resultados oficiais dão vitória a Alexander Lukashenko, presidente do país que é a última ditadura da Europa há 26 anos

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Svetlana Tikhanovskaya: As autoridades devem refletir sobre como transferir o poder. Me considero vencedora da eleição (Vasily Fedosenko/Reuters)

Svetlana Tikhanovskaya: As autoridades devem refletir sobre como transferir o poder. Me considero vencedora da eleição (Vasily Fedosenko/Reuters)

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AFP

Publicado em 10 de agosto de 2020 às, 09h47.

Última atualização em 10 de agosto de 2020 às, 10h00.

A candidata da oposição na eleição presidencial de Belarus, Svetlana Tikhanovskaya, rejeitou nesta segunda-feira os resultados oficiais da votação de domingo e exigiu que o presidente Alexander Lukashenko, declarado vencedor pelas autoridades, ceda o poder no país.

"As autoridades devem refletir sobre como transferir o poder. Me considero vencedora da eleição", afirmou Tikhanovskaya, que denunciou a repressão no domingo à noite às manifestações contra a reeleição de Lukashenko.

"Testemunhamos o fato de que o poder busca se manter pela força. Apesar dos nossos apelos às autoridades para não que não reprimisses os seus cidadãos, não fomos ouvidos e ontem a polícia recorreu a meios desproporcionais", disse, antes de destacar que tem "informações contraditórias" sobre mortes.

Lukashenko, no poder há 26 anos, obteve 80,23% dos votos para conquistar o sexto mandato, de acordo com os números oficiais, que atribuem à opositora Svetlana Tikhanovskaya apenas 9,9%.

O ministério do Interior anunciou que quase 3.000 manifestantes contrários ao governo foram detidos e dezenas de pessoas ficaram feridas na madrugada de domingo para segunda-feira, mas negou vítimas fatais.

"No total, em todo o país, foram detidas quase 3.000 pessoas. Durante os incidentes, mais de 50 cidadãos e 39 policiais ficaram feridos. Alguns deles estão hospitalizados", afirma o ministério em um comunicado, que cita manifestações noturnas "não autorizadas em 33 cidades e localidades do país.

Lukashenko afirmou nesta segunda-feira que as manifestações foram "teleguiadas" a partir do exterior e destacou que "não permitirá que o país seja feito em pedaços".

Em um cenário de denúncias de fraude e violência, a União Europeia (UE) condenou a repressão em curso e pediu uma recontagem "exata" dos votos emitidos.

Belarus não organiza nenhuma eleição considerada livre desde 1995. Em várias oportunidades, as manifestações foram reprimidas de maneira imediata, por exemplo após a disputa presidencial de 2010.

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